"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, abril 17, 2008

Instituto Humanitas Unisinos - 17/04/08


O super-jovem astrônomo alemão, 13 anos de idade, alerta: “Um asteróide passará bem rente de nós em 2029”. E a Nasa confirma: “Você tem razão. Dentro de vinte anos a Terra estará em perigo.” A reportagem é de Andrea Tarquini e publicada pelo jornal Repubblica, 14- 04-2008.

Tem apenas treze anos, mas descobriu um perigoso erro da Nasa: advertiu o mundo que por duas vezes, aos 13 de abril de 2029 e aos 13 de abril de 2036, “Apophis”, um gigantesco asteróide passará rente da terra. E o perigo que se choque com ela não é tão remoto como dizia o organismo espacial americano. O pequeno gênio prussiano se chama Nico Marquardt, vive em Potsdam, precisamente a ex-Versalhes dos reis prussianos que agora é a antecâmara residencial de luxo de Berlim. A Nasa se desculpou com ele por cartas e e-mail pessoais, e ele espera ir trabalhar para eles em Houston ou no Kennedy space center, quando for adulto. Nico não se vangloria com seu sucesso, porque, se ele tem razão, quer dizer que os perigos para a Terra são muito maiores de quanto o organismo espacial norte-americano tivesse entendido.

Advertiu-os ele com os seus cálculos e as suas observações ao telescópio no Instituto astrofísico de Potsdam. Trabalhou sozinho e admoestou, tenaz e preciso como um Galileu Galilei em início de carreira. Fez os seus cálculos e viu que a Nasa se enganara redondamente. As probabilidades de que o asteróide se choque com a Terra não são apenas uma sobre 45 mil, como haviam calculado os americanos, e sim uma sobre 450. Sempre poucas, mas muito menos poucas de quanto dizia a Nasa. O perigo é, por conseguinte, levado a sério enquanto há tempo.

Não é uma vitória da qual o jovem gênio se alegre em demasia, porque sua descoberta anuncia graves perigos. Precisamente uma sexta-feira 13 (data que na Alemanha traz sorte), em torno das 22h45, hora local italiana e da Europa central, um asteróide de aproximadamente 320 metros de diâmetro, pesando uns 200 bilhões de toneladas, passará a “apenas” 32.500 quilômetros do nosso planeta, isto é, passará perto da Terra a um décimo da distância existente entre a Terra e a Lua. Se, pois, uma colisão casual com um dos muitíssimos satélites artificiais lançados pelo homem e que orbitam em torno da Terra para telecomunicações, transmissões de TV, serviços metereológicos ou de espionagem, deslocar sua órbita, então teremos que temer ainda mais. O choque poderia desviar as amplas órbitas do asteróide em torno do sol, pelo que, quando alguns anos mais tarde, aos 13 de abril de 2036, “Apophis” voltar a passar próximo da Terra, as probabilidades de colisão seriam decididamente mais altas.

Apophis é o nome do antigo deus egípcio da destruição e da morte. Se caísse sobre a Terra, provavelmente no Atlântico causaria onda tsunami enormes, matando milhões de pessoas com uma força de impacto semelhante àquela de 65 mil vezes a bomba atômica lançada do B 29 Enola Gay sobre Hiroshima.

2 comentários:

rdt disse...

Interessante!

rdt disse...

Interessante! Esse guri aí promete, pelo visto!