"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, agosto 28, 2008

Brasil deve crescer mais que América Latina em 2008, diz Cepal

BBC Brasil - 27/08/08

PIB
Estudo da Cepal prevê crescimento de 4,8% para o Brasil neste ano
O Brasil deve ultrapassar a média da América Latina e crescer 4,8% em 2008, segundo o "Estudo Econômico da América Latina e Caribe 2007-2008", divulgado nesta quarta-feira pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).

O relatório prevê crescimento médio de 4,7% para a América Latina. Quando considerados apenas os países da América do Sul, a projeção é de crescimento médio de 5,6% em 2008.

Nos últimos quatro anos, o Brasil vinha apresentando crescimento inferior ao da média da América Latina.

Segundo o diretor do escritório da Cepal no Brasil, Renato Baumann, as perspectivas de desempenho "podem ser consideradas razoáveis" mesmo para 2009, quando o Brasil e a América Latina deverão crescer 4%, conforme o estudo.

Impactos

O relatório afirma, no entanto, que é possível que o Brasil enfrente alguns obstáculos neste ano.

Segundo o estudo, "mudanças no cenário externo podem afetar a evolução da balança de pagamentos, o marcado incremento da demanda interna e os preços internacionais dos produtos básicos, cujo aumento contribuiu para elevar a taxa de inflação e modificar a política econômica seguida pelas autoridades".

A previsão da Cepal é que a inflação acumulada fique acima de 5%.

O relatório destaca o aumento no emprego formal e nos salários. Segundo o estudo, os resultados "revelam um ritmo de atividade econômica que permitiu elevar o nível de consumo e estimular o investimento".

A Cepal também ressalta a conquista do grau de investimento, em abril deste ano, que "pode consolidar o acesso a maiores recursos externos".

"No entanto, a gestão da demanda interna exige uma maior coordenação das políticas fiscal e monetária a fim de compatibilizá-las com a oferta interna de bens e serviços e assegurar assim a sustentabilidade do financiamento das importações", diz o relatório.

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