"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, outubro 02, 2008

Crise faz remessas de imigrantes mexicanos diminuírem

BBC Brasil - 02/10/08

Muro na fronteira entre Tijuana (México) e San Diego (EUA)/arquivo
Autoridades relacionam diminuição a esforços contra imigração
A crise econômica nos Estados Unidos fez com que as remessas de dinheiro enviadas por imigrantes mexicanos a suas famílias também tenham diminuído, apontam dados do Banco Central Mexicano.

As remessas de dinheiro dos imigrantes mexicanos tiveram a maior queda já registrada. Em agosto deste ano, a diminuição foi de cerca de 12% em relação ao mesmo mês de 2007.

Esse dinheiro representa a segunda maior fonte legal de entrada de recursos em moeda estrangeira no México, perdendo apenas para os ganhos com a venda de petróleo.

Diminuição

A queda já era sentida desde o início do ano.

Nos primeiros oito meses deste ano, os imigrantes mexicanos enviaram ao país U$S 15,5 bilhões, 4% a menos que no mesmo período do ano passado.

Especificamente no mês de agosto, foram enviados ao país US$ 1,9 bilhão, contra US$ 2,2 bilhões no mesmo mês de 2007.

A diminuição dos valores das remessas pode ter relação com o fato de cerca de 20% dos imigrantes mexicanos trabalharem no ramo da construção civil nos EUA, um dos setores da economia que mais sofrem com a crise.

Além das dificuldades econômicas, as autoridades também responsabilizam os esforços do governo dos EUA para conter a imigração pela diminuição nas remessas.

US$ 300 bilhões

Os Estados Unidos são a casa de 98% dos mexicanos que vivem fora de seu país, e a diminuição das remessas pode causar problemas às pequenas cidades que vivem do dinheiro dos imigrantes.

Segundo o secretário do Tesouro do México, Augustin Carstens, os cofres do país também devem sofrer este ano com a queda no turismo e a desvalorização do preço do petróleo.

As remessas enviadas por imigrantes a seus países de origem movimentam cerca de US$ 300 bilhões por ano em todo o mundo.

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