"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, março 18, 2010

Parlamento russo ameaça não ratificar Tratado START-2

darussia.blogspot.com - Quarta-feira, Março 17, 2010




Boris Grizlov, dirigente da Duma Estatal (Câmara Baixa) do Parlamento Russo, declarou que os deputados não ratificarão o novo acordo com os Estados Unidos sobre a redução das armas ofensivas estratégicas (START-2) se ele não for interligado com a questão da criação do escudo antimíssil norte-americano na Europa.
“Os deputados da Duma Estatal participam na preparação do START-2 e nós não o ratificaremos se nele não forem tidas em conta as ligações entre o START e o escudo de defesa antimíssil”, disse Grizlov durante o encontro com Tsetka Tsatcheva, presidente da Assembleia Popular da Bulgária.
Respondendo a Grizlov, a dirigente do Parlamento búlgaro respondeu que “nem a Assembleia Popular, nem o Governo búlgaros examinaram até ao presente a implantação de elementos do escudo antimíssil Americano no território do país”.
Segundo ela,”trata-se apenas de uma ideia da NATO formulada nos mídias por representantes americanos”.
O novo sistema de defesa antimíssil deve entrar em funcionamento até 2015. Em Fevereiro último, a Bulgária anunciou a sua intenção de iniciar conversações com Washington sobre a instalação de elementos desse sistema no seu território.
A Roménia já aceitou albergar mísseis intercetores americanos. Washington confirmou essa informação, acrescentando que a instalação de mísseis nesse país serve para conter a ameaça iraniana.
Assinado em 1991, o Tratado russo-americano de redução de armas estratégicas (STRAT) terminou o prazo de vigência no passado 05 de Dezembro. O novo tratado está a ser objecto de negociações entre os dois países.
Nos próximos dias 18 e 19 de Março, Hillary Clinton, secretária de Estado norte-americano, vai estar em Moscovo para discutir essas questões com os dirigentes russos.
Numa entrevista concedida à revista russa “The New Times”, Clinton defendeu a separação dessas duas questões nas conversações russo-americanas, sublinhando “é a melhor forma de avançar”.

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