O Conversa Afiada limita-se a reproduzir o que o Nassif publicou.
E lembra que, na eleição de 2002, quando tomou uma surra do Lula – 61% a 39% -, ele e seu marketeiro, Nizan Guanaes, espalharam que Serra enfrentava um “Eixo do Mal”.
O “Eixo do Mal” se compunha de Mônica Bergamo (Folha (**), Ricardo Noblat (iG), Bob Fernandes (Carta Capital) e este locutor que vos fala, então no UOL.
O objetivo implícito era incompatibilizar os profissionais com seus patrões e realizar o que Serra sempre busca: desempregar os jornalistas que discordam dele.
É um vício.
Uma obsessão.
Hoje, alguns que eram do Mal passaram a ser do Bem …
E Serra tenta destruir um novo “Eixo do Mal”.
O Conversa Afiada se orgulha de fazer parte do “Mal”, desde 2002.
Veja o que dizem o Nassif e seu leitor o Saul.
16/03/2010 – 16:37
A guerra política sem quartel
Em Observação
No dia 29 de dezembro passado recebi e-mail de um leitor, com informações sobre a guerra política a ser deflagrada este ano pela Internet.
Segurei as informações que me foram passadas, até ter uma ideia mais clara sobre os desdobramentos e conferir se as informações se confirmariam. Aparentemente estão se confirmando.
No final do ano passado, a FSB – empresa de assessoria de comunicações – foi incumbida pelo governador José Serra de preparar a guerra política na Internet, especificamente nas redes sociais. A empresa tem um contrato formal com a Sabesp e, aparentemente, outro com a Secretaria de Comunicação. Pensou-se em um terceiro contrato, com o Centro Paula Souza. Debaixo desses contratos, encomendou-se o trabalho.
Houve reunião em Brasília e a coordenação foi entregue ao jornalista Gustavo Krieger.
A primeira avaliação foi a de que a campanha anterior, pela Internet, tinha sido muito rancorosa e afastado o eleitorado. A nova estratégia consistiria em desviar os ataques para blogs críticos de Serra. Inicialmente, definiram-se quatro blogs: este, o do Paulo Henrique, o do Azenha e o da Maria Frô. Pessoas que tiveram acesso às informações da reunião não conheciam o da Maria Frô e estranharam sua inclusão. Mas quem incluiu conhecia.
Indaguei se, eventualmente, não poderia ser um monitoramento das análises, para se produzir argumentos contrários. Mas a fonte me garantiu que a ideia seria preparar ataques contra os quatro blogs através de um conjunto de blogueiros e twitteiros arregimentados na blogosfera: os «mercenários», como a fonte os definia.
O trabalho preliminar teria doze pessoas de escritórios de diferentes lugares do país. Durante o ano, a equipe seria enxugada, mas seriam mantidas cinco pessoas permanentemente dedicando-se à ofensiva contra esses blogs e outros que estavam em fase de avaliação. Haveria também a assessoria do ex-chefe de gabinete da Soninha – que está sendo processado por montar sites apócrifos injuriosos – e que se tornou o twitteiro de Serra.
Coloco a nota “em observação” porque, antes, busquei informações sobre Krieger e recebi avaliações positivas dele. Fica a ressalva.
Mas movimentações recentes em Twitters e Blogs indicam uma grande coincidência com o que me foi relatado. Especialmente o fato de parte relevante dos ataques contra os demais blogs estarem sendo produzidas justamente pelo assessor de Serra.
Lembro o seguinte: uma hora a guerra acaba. Passadas as eleições, os comandantes ensarilharão as armas e celebrarão a paz. Sobrará para os guerreiros contratados, que poderão ter sua imagem manchada indelevelmente. E, especialmente, para quem trabalha com comunicação corporativa.
Leitor Saul:
O que li hoje sobre a campanha na internet, publicado pelo “Estado de Minas”:
ELEIÇÕES
PSDB e PT se armam para guerra virtual
Portais e blogs são principais ferramentas de tucanos para enfrentar petistas, que contrataram expert que trabalhou para Obama na internet e vão municiar e-mails de 518 mil militantes
Daniela Lima
Brasília – No laptop aberto sobre a mesa da sala de reuniões, a tela do computador revela uma infinidade de endereços eletrônicos organizados para consulta diária. De portais de grandes veículos de comunicação a pequenos blogs, tudo é minuciosamente avaliado. O homem que passa o pente fino no enorme capital de informações virtuais é um dos mais importantes na estratégia do PSDB para enfrentar a força da militância do PT nestas eleições. Eduardo Graeff, cientista político que foi secretário-geral da Presidência da República durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso e amigo de José Serra desde 1978 é um dos comandantes da guerra que os tucanos travarão na internet, de olho num universo de pelo menos 44 milhões de eleitores.
O PT também não perde tempo e vai na mesma direção ao investir pesado na campanha pela rede mundial de computadores. Além de contratar um especialista em campanha na internet que atuou na campanha do presidente dos EUA, Barack Obama, o partido pretende invadir as caixas de e-mails para municiar 518 mil filiados com informações sobre os adversários, principalmente, o candidato tucano.
Eduardo Graeff coordena, ao lado de outros nomes de destaque do partido, a estratégia que o PSDB começou a traçar desde o ano passado pensando no potencial eleitoral da internet. Ele não trabalha com a possibilidade de ganhar votos com o debate virtual. É categórico ao afirmar que o eleitor que procura informações sobre políticos, geralmente, já tem predileção por algum candidato. Graeff trabalha para conseguir o que chama de “infantaria”.
A internet será a principal arma do PSDB para angariar aquilo que ainda é uma herança poderosa e invejada do Partido dos Trabalhadores: a militância. “Somos ruins de organização da base. O PSDB é um clube parlamentar. Para competir com os outros partidos, tudo bem. Mas para competir com o PT, não dá. O PT tem infantaria, a militância”, explicou.
A intenção dos tucanos é abastecer com informações — ou munição — os simpatizantes da candidatura de José Serra à Presidência, desde números comparativos entre a gestão de FHC e a do presidente Lula até ataques pessoais à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata petista.
O PSDB hoje conta com pelo menos cinco blogs direcionados a militantes. O Gente que mente, no ar desde o ano passado, aposta na ironia e na crítica. A fotografia de um caminhão atolado em uma rodovia ilustrava o site na última quinta. Ao lado da imagem, a legenda: “Dilma dirigindo o Programa de Aceleração do Crescimento na Cuiabá-Santarém”. “A sátira funciona bem com nosso pessoal”, diz Graeff.
Mas há sob a batuta dos tucanos espaços que não ousam tanto. O blog “Brasil com S” dá a senha para aqueles que querem travar um debate qualificado. São artigos, números, textos repletos de informações técnicas e políticas. “O que a gente quer é que as pessoas vejam, recebam bem e divulguem e debatam isso. A internet é, em si mesma, um meio de organização”, acentua o cientista político.
O PSDB investiu pesado para montar toda essa estrutura — que ainda não está pronta. A página oficial do partido será reformulada. Dará mais destaque às notícias produzidas pela Agência Tucana. Um time de peso foi escalado para coordenar todo o trabalho. Um grupo de jovens da Loops Mobilização Social, que trabalhou na campanha de Fernando Gabeira em 2008 à Prefeitura do Rio, faz parte da equipe. A jornalista Cila Schulman, que trabalhou na campanha de Gilberto Kassab à prefeitura da capital paulista, também foi escalada. O responsável por montar a plataforma de tecnologia das doações para o Teleton — programa que arrecada dinheiro para crianças atendidas pela Associação de Assistência à Criança Deficiente no SBT —vai viabilizar a arrecadação de fundos pela internet.
EXEMPLO NA DISPUTA AMERICANA
Foi a eleição presidencial dos Estados Unidos que deu o destaque definitivo ao papel da rede mundial de computadores nas disputas eleitorais. “Obama conseguiu tocar o público com a mensagem, mas também fez a campanha americana mais cara. Ele investiu pesado. Tinha cinco mil pessoas remuneradas para inflar debates na internet”, explicou o Eugenio Giglio, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e sócio do Instituto Posicione, que faz pesquisas na área.
Obviamente, o PT não quer ficar atrás nessa disputa. Importou Ben Self, homem que trabalhou na campanha de Obama na internet, para cuidar da escalada de Dilma. O partido também lançará mão da Web para municiar a militância. Parte para a briga com um capital maior que o do PSDB, pretendendo espalhar pelas caixas de e-mails dos 518 mil filiados informações para as eleições. Trabalharão na mesma lógica que o PSDB. Querem armar a militância para o “combate”.
Mesmo candidaturas fora da polarização entre PT e PSDB investirão pesado nos espaços virtuais. Coordenador da Campanha da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência, Marco Mroz conseguiu chamar para o seu time Caio Túlio Costa (***), que trabalhou em projetos do Gmail (braço de e-mail do grupo Google) e do Uol. “Vamos focar nos jovens.”
Em tempo: a FSB acima citada faz parte do Sistema Dantas de Comunicação. Dantas e Serra ? Os semelhantes se atraem. Por exemplo, como a revista Veja – a Última Flor do Fáscio – demonstrou que Serra queria que Naji Nahas, esse grande brasileiro, vendesse a CESP, por uma “grana preta”. Daniel Dantas também estava na jogada, segundo a Operação Satiagraha. E a irmã de Dantas ? Aquela que foi em cana com ele ? Ela descobriu, em Miami (em Miami !), que a filha de Serra poderia ser uma grande empresária e resolveu financiá-la. Clique aqui para ver os documentos da Junta Comercial da Flórida. Serra–Dantas, tudo a ver !
(*) Numa sabatina na Folha (**) da província de S.P., Ciro Gomes disse que Serra não tem escrúpulos. Se for preciso, passa com um trator por cima da mãe.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Caio T. (“T” de Tartufo) Costa tentou fazer uma “limpeza ideológica”: tirar o Conversa Afiada do ar e apagar seus registros na Internet, para sempre. O Conversa estava hospedado no iG, sob a direção funesta de Caio T. (“T” de Tartufo) Costa. O crachá dos funcionários do Conversa Afiada foram sumariamente retirados, os computadores desligados, e o site saiu do ar com a rapidez de um raio. Era impossível acessá-lo. Teria sido uma “limpeza” impecável. Sem deixar rastro de sangue. Com a ajuda do advogado Marcos Bitelli, PHA conseguiu uma liminar que obrigava o iG a copiar os arquivos do Conversa Afiada e entregá-los a PHA. PHA processou o iG, ganhou em primeira instância e espera a grana. Caio T. (“T” de Tartufo) Costa é professor de Ética e Jornalismo. E, agora se vê, amante do verde. Viva o Brasil !
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