Já havia prometido que iria descorrer sobre minha incrédulidade na democracia.
Apesar do belo conceito, ele fica por aí, no conceito. Arend Lijphart em seu livro “Modelos de Democracia", mostra que a famosa frase cunhada à Linconl na realidade foi dita em um discurso de pelo menos 30 anos antes.
Arend Lijphart fez um levantamento de governos democráticos(36 no total) e os analisa comparativamente. Vai desde modelos parlamentaristas aos presidencialistas (o Brasil não está incluso como democracia). Neles vemos as mesmas falhas já implicitamente relatadas por Wanderley Guilherme dos Santos no seu Poliarquia em 3D.
Atualmente vemos divulgados na mídia (na Carta Capital tem vários toda semana) uma série de escândalos, que vão de corrupção flagrada e filmada, até desvio de verbas do SUS, de obras, entre outras.
O Poder Judiciário está a voltas com decisões desencontradas em seus mais variados escalões, uns mandam prender quem se locupletou, outros mandam soltar.
O Legislativo é atingido quase semanalmente por escândalos de corrupção interna, com mecanismos de lobby e outros.
O Executivo nas três esferas tem sido bombardeado com os mesmos problemas que atingem o Legislativo, com a única diferença de o Presidente da República ainda não ter sido flagrado em nada.
É exatamente nesse contexto que me refiro a minha incredulidade. Se compararmos com outros países, o Governo Bush mentiu deslavadamente para o povo americano (considerado bem informado, coitados), Blair fez a mesma coisa na Inglaterra, Berlusconi... bom desse nem tem o que falar de algo bom que tenha feito.
Em nenhum desses países, ou no Brasil, tais escândalos não garantem a renovação automática dos políticos. Como diz Wanderley dos Santos, em nenhuma democracia do mundo a um mecanismo que controle ou force o comprimento dos programas de governo pré-eleição.
Então ficamos na situação de por pessoas que não conhecemos intimamente (que fazem programas ilusórios que podem ou não ser cumpridos uma vez que papel aceita tudo), a nos dizer o que devemos fazer (desenvolvimento do país), como fazer (investimentos prioritários) e onde fazer (interesses econômicos que não são necessariamente os da população). Essas pessoas são bem remuneradas e com várias regalias (nesse quesito o Judiciário e o Legislativo são campeões, pois não geram divisas e ainda por cima reajustam os próprios salários). Não podem ser retiradas do poder diretamente por nenhuma ação popular, basta lembrar que depois de Collor houveram vários impeachments que deram na famosa pizza brasileira.
Então eu pergunto, isso é democracia? O governo para o povo, pelo povo e com o povo? Se a resposta for sim, bom o que precisamos é de outra coisa que não seja a democracia. Se a resposta for não, aí precisamos mudar toda a estrutura do Governo, provocar as mudanças necessárias para que realmente tenhamos a democracia.
Na atualidade as megafusões de grupos empresariais tem sido um componente importante de imposição das políticas econômicas. Nossas agências regulatórias tem sido incapazes de lidar com essa realidade.
Corremos o risco de ter uma situação tão caótica que se vislumbre como única saída uma mudança radical, voltarmos às estruturas planificadas e engessadas que confuíram para o fim do bloco soviético entre outros.
Precisamos nesse momento repensar os modelos de democracia, e fazer implementar realmente um governo democrático que esteja voltado para o bem estar da sua população e seu desenvolvimento.
Apesar do belo conceito, ele fica por aí, no conceito. Arend Lijphart em seu livro “Modelos de Democracia", mostra que a famosa frase cunhada à Linconl na realidade foi dita em um discurso de pelo menos 30 anos antes.
Arend Lijphart fez um levantamento de governos democráticos(36 no total) e os analisa comparativamente. Vai desde modelos parlamentaristas aos presidencialistas (o Brasil não está incluso como democracia). Neles vemos as mesmas falhas já implicitamente relatadas por Wanderley Guilherme dos Santos no seu Poliarquia em 3D.
Atualmente vemos divulgados na mídia (na Carta Capital tem vários toda semana) uma série de escândalos, que vão de corrupção flagrada e filmada, até desvio de verbas do SUS, de obras, entre outras.
O Poder Judiciário está a voltas com decisões desencontradas em seus mais variados escalões, uns mandam prender quem se locupletou, outros mandam soltar.
O Legislativo é atingido quase semanalmente por escândalos de corrupção interna, com mecanismos de lobby e outros.
O Executivo nas três esferas tem sido bombardeado com os mesmos problemas que atingem o Legislativo, com a única diferença de o Presidente da República ainda não ter sido flagrado em nada.
É exatamente nesse contexto que me refiro a minha incredulidade. Se compararmos com outros países, o Governo Bush mentiu deslavadamente para o povo americano (considerado bem informado, coitados), Blair fez a mesma coisa na Inglaterra, Berlusconi... bom desse nem tem o que falar de algo bom que tenha feito.
Em nenhum desses países, ou no Brasil, tais escândalos não garantem a renovação automática dos políticos. Como diz Wanderley dos Santos, em nenhuma democracia do mundo a um mecanismo que controle ou force o comprimento dos programas de governo pré-eleição.
Então ficamos na situação de por pessoas que não conhecemos intimamente (que fazem programas ilusórios que podem ou não ser cumpridos uma vez que papel aceita tudo), a nos dizer o que devemos fazer (desenvolvimento do país), como fazer (investimentos prioritários) e onde fazer (interesses econômicos que não são necessariamente os da população). Essas pessoas são bem remuneradas e com várias regalias (nesse quesito o Judiciário e o Legislativo são campeões, pois não geram divisas e ainda por cima reajustam os próprios salários). Não podem ser retiradas do poder diretamente por nenhuma ação popular, basta lembrar que depois de Collor houveram vários impeachments que deram na famosa pizza brasileira.
Então eu pergunto, isso é democracia? O governo para o povo, pelo povo e com o povo? Se a resposta for sim, bom o que precisamos é de outra coisa que não seja a democracia. Se a resposta for não, aí precisamos mudar toda a estrutura do Governo, provocar as mudanças necessárias para que realmente tenhamos a democracia.
Na atualidade as megafusões de grupos empresariais tem sido um componente importante de imposição das políticas econômicas. Nossas agências regulatórias tem sido incapazes de lidar com essa realidade.
Corremos o risco de ter uma situação tão caótica que se vislumbre como única saída uma mudança radical, voltarmos às estruturas planificadas e engessadas que confuíram para o fim do bloco soviético entre outros.
Precisamos nesse momento repensar os modelos de democracia, e fazer implementar realmente um governo democrático que esteja voltado para o bem estar da sua população e seu desenvolvimento.
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