"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sábado, maio 01, 2010

Moscovo promete apoio económico à Ucrânia

darussia.blogspot.com - Sábado, Maio 01, 2010



O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou toda uma série de medidas com vista à aproximação económica entre a Rússia e a Ucrânia e à integração mais estreita deste último país na Comunidade de Estados Independentes.
Numa reunião do Comité para a Cooperação Económica entre os dois país, Putin revelou ter assinado um decreto que anula as taxas de exportação do gás russo para a Ucrânia, o que vai permitir a Kiev adquirir combustível azul com um desconto de 30 por cento. Porém, o desconto não pode ser superior a 100 dólares por mil metros cúbicos.
Foi também assinado um acordo que permite às empresas ucranianas não pagarem imposto de exportação para a Rússia de 260 mil toneladas de tubos ucranianos

Putin propôs também a criação de consórcios mistos em áreas como exploração e transporte de gás, esfera nuclear, construção e manutenção de aviões de carga Antonov.
“Eu e Nikolai Ivanovitch (Mykola Azarov, primeiro-minisdtro ucraniano) demos ordens aos dirigentes dos respectivos ministérios e departamentos russos e ucranianos para começarem a preparar a concretização de todas essas iniciativas”, acrescentou o dirigente russo.
À margem do encontro, Serguei Kirienko, presidente da Agência de Energia Atómica da Rússia (Rosatom), declarou que o seu país fará um desconto de mais de mil milhões de euros caso seja assinado com a Ucrânia um contrato de 25 anos para o fornecimento de combustível nuclear”.
“Quanto maior for o prazo, maior será o desconto... Estamos a falar de um desconto, e não do valor do contrato”, frisou.
Na conferência de imprensa realizada após o encontro, Putin anunciou igualmente que a Rússia e a Ucrânia acordaram criar “um grupo especial de alto nível para estar a integração da Ucrânia nos processos de integração no espaço da CEI”.
O primeiro-ministro russo mostrou-se disponível a fazer um empréstimo ao país vizinho “num valor até 500 milhões de dólares”.
“Graças aos descontos no gás, os nossos vizinhos poderão investir na sua economia, em dez anos, mais de 40 mil milhões de dálares. No fundo, trata-se de um salto qualitativo nas relações bilaterais, da criação de condições económicas para a construção de uma parceria estratégica real entre os nossos Estados”, acrescentou.
Segundo ele, “na interação russo-ucraniana forma-se uma situação radicalmente nova... torna-se possível a realização de grandes projetos conjuntos no campo da indústria, energia, aviação, agricultura, telecomunicações e transportes”.
P.S. Deixo aqui apenas uma pergunta: a esmola russa não é demasiada generosa?



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