2% mais ricos têm 50% da riqueza mundial, diz ONU
Cerca de 2% dos adultos mais ricos do planeta possuem mais da metade da riqueza mundial, segundo um relatório divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU). O documento, elaborado pelo Instituto Mundial de Pesquisa de Desenvolvimento Econômico da Universidade das Nações Unidas (UNU-WIDER, na sigla em inglês), é o primeiro do tipo que assegura cobrir todos os países do mundo. A notícia está hoje nos prinicipais jornais do mundo e do Brasil.
“Trata-se de um estudo pioneiro”, afirmou o diretor do UNU-WIDER, Anthony Shorrocks, durante a apresentação do texto na Associação da Imprensa Estrangeira em Londres, ao informar que a pesquisa se baseia em dados de 2000.
O relatório, intitulado “Distribuição da riqueza das famílias do mundo”, leva em conta o tamanho populacional e variáveis como ativos e passivos financeiros e a posse de terra, edifícios e outras propriedades tangíveis.
“Usamos o termo riqueza no sentido de valor líquido: o valor de ativos físicos e financeiros menos as dívidas. Assim, a riqueza representa a propriedade de capital”, esclareceu um dos autores, James Davies, da Universidade de Western Ontário (Canadá).
Segundo o documento, 1% dos adultos mais ricos é dono de 40% dos ativos mundiais, enquanto 10% desse grupo possui 85% da riqueza. De outro lado, metade da população adulta mundial possui apenas 1% do capital do planeta.
Para pertencer ao conjunto dos 10% dos mais ricos, uma pessoa precisa de um mínimo de US$ 61 mil em ativos, e para integrar o clube do 1% mais rico são necessários US$ 500 mil.
O relatório da ONU também mostra uma tabela de milionários na qual estão 13,5 milhões de pessoas com US$ 1 milhão ou mais, e quase 452 mil que desfrutam de US$ 10 milhões ou mais.Na parte mais alta dessa pirâmide aparecem cerca de 15 mil afortunados, que têm US$ 100 milhões e, já no topo, há quase 500 pessoas com ativos avaliados em US$ 1 bilhão.
Por áreas geográficas, “a riqueza está concentrada na América do Norte, Europa e nos países de alta renda da área Ásia-Pacífico. A população dessas nações possui, coletivamente, 90% da riqueza total”, diz o texto.
A América do Norte detém 34% da riqueza mundial; a Europa, 30%; a área Ásia-Pacífico rica, 24%; a América Latina e o Caribe, 4%; o resto da Ásia-Pacífico, 3%; a China também 3%; e a África e a Índia, 1% cada uma.
Outra conclusão curiosa do estudo é que a dívida das famílias é relativamente pouco significativa nos países pobres. “As dívidas de pessoas pobres em países pobres são relativamente pequenas no total. Essa característica se deve à ausência de instituições financeiras que permitam às famílias recorrer a hipotecas e empréstimos pessoais, como nos países ricos”.
Shorrocks admitiu que os dados podem estar obsoletos, por se referirem ao ano 2000, e não refletirem a decolagem de economias emergentes como China e Índia.
Cerca de 2% dos adultos mais ricos do planeta possuem mais da metade da riqueza mundial, segundo um relatório divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU). O documento, elaborado pelo Instituto Mundial de Pesquisa de Desenvolvimento Econômico da Universidade das Nações Unidas (UNU-WIDER, na sigla em inglês), é o primeiro do tipo que assegura cobrir todos os países do mundo. A notícia está hoje nos prinicipais jornais do mundo e do Brasil.
“Trata-se de um estudo pioneiro”, afirmou o diretor do UNU-WIDER, Anthony Shorrocks, durante a apresentação do texto na Associação da Imprensa Estrangeira em Londres, ao informar que a pesquisa se baseia em dados de 2000.
O relatório, intitulado “Distribuição da riqueza das famílias do mundo”, leva em conta o tamanho populacional e variáveis como ativos e passivos financeiros e a posse de terra, edifícios e outras propriedades tangíveis.
“Usamos o termo riqueza no sentido de valor líquido: o valor de ativos físicos e financeiros menos as dívidas. Assim, a riqueza representa a propriedade de capital”, esclareceu um dos autores, James Davies, da Universidade de Western Ontário (Canadá).
Segundo o documento, 1% dos adultos mais ricos é dono de 40% dos ativos mundiais, enquanto 10% desse grupo possui 85% da riqueza. De outro lado, metade da população adulta mundial possui apenas 1% do capital do planeta.
Para pertencer ao conjunto dos 10% dos mais ricos, uma pessoa precisa de um mínimo de US$ 61 mil em ativos, e para integrar o clube do 1% mais rico são necessários US$ 500 mil.
O relatório da ONU também mostra uma tabela de milionários na qual estão 13,5 milhões de pessoas com US$ 1 milhão ou mais, e quase 452 mil que desfrutam de US$ 10 milhões ou mais.Na parte mais alta dessa pirâmide aparecem cerca de 15 mil afortunados, que têm US$ 100 milhões e, já no topo, há quase 500 pessoas com ativos avaliados em US$ 1 bilhão.
Por áreas geográficas, “a riqueza está concentrada na América do Norte, Europa e nos países de alta renda da área Ásia-Pacífico. A população dessas nações possui, coletivamente, 90% da riqueza total”, diz o texto.
A América do Norte detém 34% da riqueza mundial; a Europa, 30%; a área Ásia-Pacífico rica, 24%; a América Latina e o Caribe, 4%; o resto da Ásia-Pacífico, 3%; a China também 3%; e a África e a Índia, 1% cada uma.
Outra conclusão curiosa do estudo é que a dívida das famílias é relativamente pouco significativa nos países pobres. “As dívidas de pessoas pobres em países pobres são relativamente pequenas no total. Essa característica se deve à ausência de instituições financeiras que permitam às famílias recorrer a hipotecas e empréstimos pessoais, como nos países ricos”.
Shorrocks admitiu que os dados podem estar obsoletos, por se referirem ao ano 2000, e não refletirem a decolagem de economias emergentes como China e Índia.
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