Colômbia recebe hoje lote de 5 Supertucanos
Caças servem também a ações antiguerrilha, o que levou as Farc a denunciarem 'intromissão inaceitável'
Roberto Godoy
A aviação militar da Colômbia recebe hoje da Embraer cinco aviões de ataque Supertucano, numa cerimônia na fábrica de Gavião Peixoto (SP). O esquadrão é o primeiro de um lote de 25 aeronaves antiguerrilha compradas da empresa brasileira por US$ 235 milhões.
Os caças, que servem também para treinamento avançado, foram equipados com sistemas de bordo fornecidos pelo grupo Elbit, de Israel. Com isso, podem disparar mísseis de longo alcance, bombas inteligentes guiadas por laser ou GPS e, em condições especiais, também um novo tipo de torpedo ar-mar de pequeno porte.
Os Supertucanos da Força Aérea Colombiana (FAC) seguem para a base aérea de Apiay, na região de Bogotá, logo depois da festa de recebimento. Um grupo de pilotos está no Brasil há cerca de um mês recebendo instruções para operar o equipamento.
A venda das 25 aeronaves foi considerada por Raúl Reyes, porta-voz da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), 'uma intromissão inaceitável na luta revolucionária'. Falando por meio de um telefone via satélite 'desde as montanhas' e interrompendo a ligação a cada 30 segundos para dificultar o rastreamento da chamada, Reyes considerou 'algo decepcionante' as negociações bilaterais envolvendo equipamentos de defesa.
O governo da Colômbia considera as aquisições 'necessárias e corretas', segundo nota do gabinete do presidente Álvaro Uribe, divulgada na assinatura do contrato de compra. O Ministério da Defesa sustenta que os turboélices serão 'prioritariamente empregados no preparo de comandantes'.
O Supertucano serve às duas funções. O sistema eletrônico digital é o mesmo encontrado nos grandes caças supersônicos. Ele voa a 600 km por hora. Leva 1.550 quilos de bombas, mísseis e foguetes, além de duas metralhadoras orgânicas ponto 50, com a possibilidade de dois canhões de 20mm. Permanece até sete horas em patrulha, sem reabastecimento no ar.
O vice-presidente da Embraer para o mercado de defesa e governo, Luis Carlos Siqueira Aguiar, considera haver espaço para negócios no valor de US$ 1,65 bilhão em aviões militares da classe produzida no Brasil, até 2011, apenas na América Latina. 'Só na área de transporte governamental há na região uma frota de 240 aeronaves, 80% das quais com mais de 20 anos de uso', analisa. O Supertucano é a principal aposta da companhia no setor. O avião fez demonstrações no Oriente Médio, na África e na América Latina, 'abrindo possibilidades sólidas', segundo a empresa.
Aguiar acredita que o sucesso do avião de ataque vai atrair compradores para os modelos de inteligência - alerta avançado, vigilância de superfície e esclarecimento marítimo -, versões militares do jato Emb-145, de passageiros, preparadas para atuar em regime de integração sob conflito. Ninguém fala de preço, mas a média, no mercado mundial, está na faixa de US$ 70 milhões.
Caças servem também a ações antiguerrilha, o que levou as Farc a denunciarem 'intromissão inaceitável'
Roberto Godoy
A aviação militar da Colômbia recebe hoje da Embraer cinco aviões de ataque Supertucano, numa cerimônia na fábrica de Gavião Peixoto (SP). O esquadrão é o primeiro de um lote de 25 aeronaves antiguerrilha compradas da empresa brasileira por US$ 235 milhões.
Os caças, que servem também para treinamento avançado, foram equipados com sistemas de bordo fornecidos pelo grupo Elbit, de Israel. Com isso, podem disparar mísseis de longo alcance, bombas inteligentes guiadas por laser ou GPS e, em condições especiais, também um novo tipo de torpedo ar-mar de pequeno porte.
Os Supertucanos da Força Aérea Colombiana (FAC) seguem para a base aérea de Apiay, na região de Bogotá, logo depois da festa de recebimento. Um grupo de pilotos está no Brasil há cerca de um mês recebendo instruções para operar o equipamento.
A venda das 25 aeronaves foi considerada por Raúl Reyes, porta-voz da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), 'uma intromissão inaceitável na luta revolucionária'. Falando por meio de um telefone via satélite 'desde as montanhas' e interrompendo a ligação a cada 30 segundos para dificultar o rastreamento da chamada, Reyes considerou 'algo decepcionante' as negociações bilaterais envolvendo equipamentos de defesa.
O governo da Colômbia considera as aquisições 'necessárias e corretas', segundo nota do gabinete do presidente Álvaro Uribe, divulgada na assinatura do contrato de compra. O Ministério da Defesa sustenta que os turboélices serão 'prioritariamente empregados no preparo de comandantes'.
O Supertucano serve às duas funções. O sistema eletrônico digital é o mesmo encontrado nos grandes caças supersônicos. Ele voa a 600 km por hora. Leva 1.550 quilos de bombas, mísseis e foguetes, além de duas metralhadoras orgânicas ponto 50, com a possibilidade de dois canhões de 20mm. Permanece até sete horas em patrulha, sem reabastecimento no ar.
O vice-presidente da Embraer para o mercado de defesa e governo, Luis Carlos Siqueira Aguiar, considera haver espaço para negócios no valor de US$ 1,65 bilhão em aviões militares da classe produzida no Brasil, até 2011, apenas na América Latina. 'Só na área de transporte governamental há na região uma frota de 240 aeronaves, 80% das quais com mais de 20 anos de uso', analisa. O Supertucano é a principal aposta da companhia no setor. O avião fez demonstrações no Oriente Médio, na África e na América Latina, 'abrindo possibilidades sólidas', segundo a empresa.
Aguiar acredita que o sucesso do avião de ataque vai atrair compradores para os modelos de inteligência - alerta avançado, vigilância de superfície e esclarecimento marítimo -, versões militares do jato Emb-145, de passageiros, preparadas para atuar em regime de integração sob conflito. Ninguém fala de preço, mas a média, no mercado mundial, está na faixa de US$ 70 milhões.
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