"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, agosto 07, 2008

Produção de carros bate recorde e Brasil supera a França

Instituto Humanitas Unisinos - 07/08/08

De janeiro a julho, 2,01 milhões de carros e máquinas agrícolas saíram das linhas de montagem nacionais. Com isso, o país conquistou a 6.ª posição no ranking dos maiores fabricantes mundiais de automóvel. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, 07-08-2008,

Os sucessivos recordes de produção de automóveis fizeram o Brasil deixar a França no retrovisor ao ultrapassá-la da sétima para a sexta posição no ranking dos maiores produtores mundiais de automóveis. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, que divulgou ontem os dados de atividade do setor até o mês passado. Segundo Schneider, nos sete primeiros meses do ano o Brasil produziu 2,01 milhões de carros, e ficou atrás apenas do Japão (6 milhões de unidades), China (5,2 milhões), Estados Unidos (4,3 milhões), Alemanha (3,3 milhões) e Coréia do Sul (2,8 milhões).

A produção e a venda de veículos no Brasil continuam batendo recordes. A produção no mês passado foi de 320,1 mil unidades, 19,8% maior que no mesmo mês de 2007. A fabricação de veículos de janeiro a julho, por sua vez, acumula alta de 21,8%. As vendas de veículos no mercado interno totalizaram 288,1 mil unidades em julho – 12,6% maior em relação a junho e 32,6% maior em comparação com julho do ano passado. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, as vendas somaram 1,7 milhão de unidades, também recorde histórico. O volume de vendas é 30,4% maior do que o registrado no mesmo intervalo de 2007.

Para Schneider, a melhoria das condições de financiamento continua puxando as vendas de veículos no Brasil. Segundo o executivo, o volume de crédito disponível para o setor em junho somou R$ 84,3 bilhões, o que representa um crescimento de 18,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo ele, apesar do aumento da taxa básica de juros, as vendas não foram afetadas. A expectativa é de que isso ocorra nos próximos meses. Ele ressaltou que a taxa de inadimplência do setor ficou em 3,6% em junho com pequena alta sobre o mesmo mês do ano passado (3,2%), mas menor do que os 3,7% registrados em maio. “O setor continua favorecido pelo ambiente macroeconômico, com a economia, a massa salarial e o emprego em crescimento”, disse.

As vendas internas de máquinas agrícolas no atacado totalizaram 5 mil unidades em julho de 2008, o que representa uma queda de 0,9% em relação ao mês anterior. Na comparação com julho de 2007, o volume representa uma alta de 43,7%. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, as vendas do segmento somaram 30,4 mil unidades, volume 50,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

O executivo informou ainda que permanecem inalteradas as projeções do setor para o ano, com alta de 24,2% nas vendas internas de autoveículos para um total de 3,06 milhões de unidades. Também foram mantidas as projeções de vendas de máquinas agrícolas para uma alta de 38,6%, totalizando 53,1 mil unidades.

Schneider disse que a expectativa é de que o setor registre um crescimento mais cadenciado no segundo semestre, o que na sua opinião é bom para as montadoras e para a cadeia de fornecedores. “Crescer 30% exige muito de uma cadeia que tem uma produção tão complexa”, avaliou o executivo.

As exportações de veículos e máquinas agrícolas somaram em julho US$ 1,23 bilhão, equivalente a uma queda de 3,8% sobre junho e de 2,9% sobre julho de 2007. As vendas externas do setor somaram US$ 8,12 bilhões nos primeiros sete meses do ano, o que representa crescimento de 9,5% em relação a igual período do ano passado.

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