Aprovado em 2007 pelo Congresso da Colômbia, o tratado de livre comércio (TLC) com os EUA, seu principal parceiro comercial, dorme no Legislativo americano desde então. A perspectiva de aprovação diminuiu drasticamente desde abril, quando fracassou a tentativa de acordo entre republicanos e democratas.
A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo, 12-11-2008.
Apesar da majoritária oposição do Partido Democrata ao TLC, por conta da violência contra sindicalistas, há, dentro e da fora legenda, pesos-pesados que o apóiam. O ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) defende o acordo - ganhou US$ 800 mil em 2005 de uma firma colombiana que faz lobby.
Nas primárias democratas, Hillary Clinton e Barack Obama atacaram o TLC. Depois, a senadora teve de demitir seu marqueteiro Mark Penn porque ele também dirigia uma empresa que fazia lobby pelo acordo.
Grandes empresas, entre elas o Wal-Mart e a General Motors, enviaram carta ao Congresso em dezembro pedindo a aprovação. Argumentaram que o TLC ajudará as exportações (foram US$ 18 bilhões em comércio em 2007, saldo de US$ 2 bilhões para Bogotá).
Se na Colômbia o tratado sofre a resistência da oposição esquerdista e de movimentos como os dos indígenas, na guerra de interesses de Washington, o jornal "Financial Times" lembrava, em abril, que mesmo a resistência democrata poderia ser contornada caso o governo americano aumentasse a ajuda a trabalhadores que eventualmente perderão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário