A crise das montadoras americanas contagiou a Suécia. A Volvo, empresa escandinava controlada pelo grupo Ford (não confundir com a Volvo AB, construtora sueca de motores marinhos) está negociando com o governo de Estocolmo. O objetivo: obter ajuda financeira num contexto sempre mais alarmante para o mercado automobilístico.
A notícia é de Giorgio Lonardi e publicada pelo jornal La Repubblica, 09-11-2008.
“Tivemos um encontro com o Estado tendo em vista uma ajuda financeira, se possível, ainda antes do verão”, narrou o porta-voz sueco Olle Axelson. “A Ford”, precisou Axelson “está fazendo a sua parte para ter a ajuda dos EUA e nós devemos fazer o que podemos para manter em funcionamento a indústria sueca”.
O caso Volvo, desta maneira, se enquadra nas dificuldades que toda a indústria automobilística mundial enfrenta, sobretudo nos EUA. Começando pela Ford que no quarto trimestre teve perdas de 2,98 bilhões de dólares queimando uma liquidez de aproximadamente 7,7 bilhões de dólares por causa das demissões e da queda da produção. As perdas da Volvo, no terceiro trimestre chegaram a 458 milhões de dólares contra 167 milhões no mesmo período do ano passado.
Pior ainda é a situação da GM que no terceiro trimestre perdeu 4,2 bilhões de dólares enquanto sua liquidez ameaça se esgotar antes do final do ano. Algo assustador, pois a GM emprega 250 mil pessoas. Além de acabar com o projeto de fusão com a Chrysler, Rick Wagoner, número um da GM, pediu urgentemente ajuda ao governo americano. “Não podemos esperar a posse de Obama”, disse Wagoner. E, realmente, os homens de Obama pediram a inversão de 25 milhões de dólares para salvar a empresa americana da falência.
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