Por Cesar de Aquino
Ja que a economia esta monopolizando as discussões eu gostaria de mudar o foco um pouco para questão da modernização das forças armadas.
O que aparece até agora na midia parece tender para algumas medidas:
1) Adoção do Scorpene pela Marinha brasileira como novo submarino convencional padrão, alguns pontos altamentes discutivieis dessa opção:
_ Praticamente joga fora nossa experiencia construindo os IKL-209 alemães, tinhamos alinhavado a adoção do IKL-214 mas parce que vamos desisitir em prol do Scorpene, apesar do IKL-214 ser a opção natural.
_ O custo unitário da adoção do Scorpene é muito maior do que foi a escolha pela marinha chilena do mesmo projeto.
_ Justifica-se o Scorpene por que ele seria base tecnologica para o submarino nuclear, quem vê o porte do Scorpene e compara com o proximo submarino nuclear francês, o Barracuda, vê que os pontos principais de um submarino nuclear, propulsão e desenho, não são compativeis com um casco tão pequeno.
2) Adoção do Rafale, novamente uma escolha altamente discutivel:
_ É um avião sem mercado, o projeto esta atrasado na França, corremos o risco de sermos o unico operador externo.
_ Só existe certeza de uso de armamento francês, que não representa o que exsite de mais moderno.
_É um modelo de 4º geração, não representa o que existe de mais moderno e ainda corremos o risco da França optar por UAV, veiculo não pilotado, o que nos deixaria com um projeto sem investimento.
Por Fábio
Comprar material de defesa avançado não é a mesma coisa que fazer uma licitação para adquirir papel higiênico....
Adquirir material de defesa avançado é fazer uma aliança estratégica de médio e longo prazo com o país fabricante.
A Marinha de Guerra argentina possuía diversos navios e sistemas de armas britânicos. Quando estourou a Guerra das Malvinas ficou sem peças de reposição, situação que perduar até hoje...
As Forças Armadas iranianas eram equipadas basicamente com material norte-americano. Cessadas as relações entre os dois países o Irã teve grande dificuldade em enfrentar a Guerra Irã-Iraque, muito embora suas Forças Armadas fossem infinitmente superiores em qualidade de equipamento e pessoal às iraquianas.
Em razão disso considero que o primeiro parâmetro para a escolha de qualquer equipamento militar avançado é definir se o país fabricante possui laços estratégicos com o Brasil.
Seja em razão dos laços estratégicos ou, ainda, para reduzir custos, os países buscam formar consórcios para fabricar equipamentos militar. Na Europa isso é muito comum.
Está faltando ao Brasil uma diplomacia militar, que não se faz apenas com guerra, mas, principalmente, com a formação de alianças estratégicas.
Na época da Guerra Fria os EUA tentaram que fosse formado uma organização de defesa no Atlântico Sul. Seria formada pela Argentina, Brasil, Chile e África do Sul.
Estava super correto, infelizmente, nossos diplomtas deram para trás...
Comentário
O parâmetro maior deverá ser o da transferência de tecnologia ao Brasil, desenvolvimento de projetos conjuntos e implantação de modelos de disseminação tencológica com a cadeia produtiva e institutos de pesquisa.
Por Mario Blaya
acho que há um erro de interpretação quanto ao Scopene, não será em seu casco original que seria instalado o reator nuclear, mas sim aproveitando o seu projeto basico, com o suporte francês, fariamos uma versão nacional de um submarino de ataque, que difere muito de um mero submarino costeiro como são os modelos alemães.
já o caça, não dou muito credito a essa estoria de transferencia de tecnologia, afinal a compra não é tão significativa assim para que justifique a transferencia, o que podemos conseguir seria uma experiencia na sua montagem e testes, mas nunca em seu projeto. Eu acho os Sukhois superiores, quando voam, e é esse a eterna duvida sobre aviões russos exportados, a baixa disponibilidade dos equipamentos. principalmente pela falta de peças.
Por Fernando Haderfeld
Caro Nassif
O post original tem o grande mérito de levantar a relevante questão do absolutamente necessário reaparelhamento das forças armadas brasileiras. Mas comete um grande número de equívocos, especialmente em relação ao submarino.
A tecnologia dos submarinos alemães U-214 não acrecentaria o conhecimento fundamental buscado pela marinha: o uso e construção de submarinos de casco duplo. O Marlin francês (sim, pois o nome Scorpène deve morrer junto com o acordo DCNS-Navantia) apresenta esta tecnologia. E de resto é tão avançado quanto o tipo alemão.
Tamanho do casco não está vinculado a trasferência de tecnologia, e não vamos usar o desenho do Marlin e simplesmente colocar um reator nuclear dentro. A nós interessa os segredos da metalurgia dos aços especiais, processos construtivos e de projeto para este tipo de casco. O recheio nuclear nem Mephisto transfere. Será por conta de nossos engenheiros mesmo.
Quanto ao Rafale podemos sim dizer que é uma compra de risco. Não por defeitos inerentes ao caça. Ele é basicamente tão bom (e falho) quanto qualquer um dos outros concorrentes. Mas é, realmente, usado apenas pela França e isto pode dificultar aspectos de logística e suporte no futuro.
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