Por Alexandre Leite
Nassif, veja essa matéria do estadão:
Renda maior não alavanca o NE (será)
Estudo inédito da FGV mostra que qualidade de vida não foi beneficiada pelo ganho maior das famílias da região
A renda da população do Nordeste, região mais carente do Brasil, cresceu nos últimos anos impulsionada pelo fortalecimento da economia nacional e pelos programas de transferência de recursos como o Bolsa-Família. O dado negativo é que isso não refletiu em melhora na qualidade de vida das pessoas que apenas sobrevivem nesses Estados e nem contribuiu para um desenvolvimento local sustentável.
[...]
Para se ter noção do atraso em que vive o Nordeste, todos seus integrantes apresentavam em 2001 baixíssimo grau de desenvolvimento (índice abaixo de 25). Em 2007 esse quadro teve relativa melhora, apenas Piauí, Maranhão e Alagoas permaneciam nesse grupo. No caso específico do Piauí e Maranhão, eles eram em 2001 e permaneceram em 2007 como os Estados mais subdesenvolvidos do Brasil, com classificação 11,4 e 15,8 (leia abaixo).
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No caso do Piauí ele partiu em 2001 de um patamar de 2,9 (em uma escala de 0 a 100) para 11,4 em 2007. [...] Em 2003 apenas 46 dos 226 municípios tinham escola de ensino médio. Hoje todas têm.
comentário meu (do Alexandre)
Em seis anos, 6 estados do Nordeste deixaram o “baixíssimo grau de desenvolvimento”; no caso do Piauí praticamente quadruplicou (2,9 para 11,4). Numa leitura simplista, em 6 anos cresceu mais (8,5) do que em toda sua história anterior (2,9).
É claro que são números dramáticos, mas dizer que “não refletiu em melhora na qualidade de vida das pessoas” é um pouco de exagero. Esse dado das escolas de ensino médio no Piauí chega a ser impressionente, pois isso reduz de forma consistente a migração precoce das melhores cabeças.
Assim como o Brasil perde universitários para o mercado internacional, com prejuízos enormes para nossa inteligência profissional, essas cidades perdem crianças motivadas com 9, 10 anos ou pq as famílias migram para as capitais ou pq simplesmente param de estudar.
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