"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, setembro 02, 2008

CARMINHA JEROMINHO É A SUPREMA OBRA-PRIMA DO SUPREMO

Conversa Afiada - 31/08/08

Diz o Globo de sábado: Na operação “Voto Livre, que mobilizou 230 agentes, a Polícia Federal prendeu 13 pessoas, entre elas a candidata a vereadora Carminha Jerominho, do PTdoB, filha do vereador Jerominho e sobrinha do deputado Natalino Guimarães, ambos já presos por envolvimento com milícias.
. Carminha Jerominho foi transferida para uma prisão de segurança máxima no Paraná, ficará em solitária, não receberá visitas e terá duas horas de banho de sol por dia.

. Por decisão do Supremo, sob a liderança do Supremo Presidente Gilmar Mendes – clique aqui para ler sobre ele e o “Plano Cohen” –, Carminha Jerominho poderá continuar a campanha eleitoral e se re-eleger vereadora.

. Registre-se, a bem da verdade, que Carminha Jerominho não foi algemada ao ser presa.

. O Supremo Tribunal Federal realizou em Carminha Jerominho a sua obra-prima.

. Ela continua candidata e, se for eleita, toma posse.

. E não foi algemada.

. E ainda há quem leve esse Supremo a sério.

Em tempo: um amigo do Conversa Afiada, obrigado por profissão a freqüentar o Supremo, expõe a estratégia do Ministro Carlos Alberto Direito (indicado por Nelson Jobim e pelo Presidente que tem medo). Direito votará sempre de dentro das trevas. Se o relator der um voto de qualidade, um voto iluminado pelo sol, e contra o voto dele, Direito pede vistas. Para esconder o seu voto contra, diante da qualidade do voto do relator. Esconde e adia. Tira o problema da pauta. Desvia a atenção do PiG. Não se contrapõe ao relator, no momento em que a sociedade aplaude o relator. Quando a memória do voto do relator e os aplausos se dissiparem, Direito vai lá e vota – contra. Foi o que fez com as células troncos embrionárias. E fará com a reserva indígena da Raposa Serra do Sol.

Em tempo 2: outro leitor do Conversa Afiada, que mora em Brasília e, também, é obrigado a cobrir as atividades do Supremo: “O Gilmar Mendes foi lá para cumprir uma tarefa. A primeira era fazer o ‘desmanche’ do Conselho Nacional de Justiça. E isso ele já fez. A outra é assumir a Presidência da República de fato e de direito. De fato, ele já assumiu.”

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