A China se consolida como principal destino dos produtos agropecuários do Brasil. De janeiro a agosto deste ano, as vendas para o mercado chinês cresceram 97,3%. Isoladamente, a China já concentra 13,1% das exportações brasileiras do agronegócio. Em segundo e terceiro lugares, aparecem os Países Baixos, com participação 9,4%, e os Estados Unidos, com 8,5%.
A reportagem é de Fabíola Salvador e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 05-09-2008.
Considerando blocos econômicos, a União Européia continua como principal destino, comprando 33,2% das exportações brasileiras do agronegócio. Em seguida, vêm a Ásia, com 24,9%, o Nafta (9,7%), e a Europa Oriental (7,9%).
As informações foram distribuídas ontem pelo Ministério da Agricultura, em nota sobre o desempenho da balança comercial do agronegócio. Segundo a nota, a demanda mundial por alimentos continua favorecendo as exportações do setor.
De janeiro a agosto, as vendas externas de produtos agrícolas renderam US$ 48,5 bilhões, um crescimento de 28% em relação ao faturamento de US$ 37,897 bilhões no mesmo período de 2007. O setor teve um superávit de US$ 40,6 bilhões, 25% maior do que os US$ 32,398 bilhões de janeiro a agosto de 2007.
Os cinco principais setores que colaboraram para o bom resultado das exportações foram o complexo soja (+71,4%), carnes (+36,9%), produtos florestais (+11,2%), complexo sucroalcooleiro, (+5,4%) e café (+16%).
Em relação ao destino das exportações, além da China, destaca-se o crescimento dos valores para os seguintes destinos: Aladi (66,5%, excluindo os países do Mercosul), Ásia (60,8%), Europa Oriental (44,9%), Mercosul (24,5%) e União Européia (22,7%).
Em agosto, as exportações do agronegócio somaram US$ 6,8 bilhões, aumento de 15,7% em relação a agosto de 2007. O superávit alcançou US$ 5,7 bilhões. Em 12 meses, as vendas externas atingiram a marca histórica de US$ 69 bilhões.
As exportações do complexo soja em agosto resultaram numa receita de US$ 1,8 bilhão, 44% a mais do que no mesmo período do ano passado, resultado puxado pela alta dos preços internacionais.
De acordo com o ministério, o preço da soja exportada foi 81% maior que o de agosto de 2007, e os de farelo de soja e óleo de soja, 63% e 61,3% superiores, respectivamente.
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