Deve ficar abaixo da expectativa dos sindicalistas a geração de empregos diretos a partir da ampliação da fábrica da General Motors (GM) em Gravataí. Serão abertos até 2 mil novos postos de trabalho na fábrica e nos sistemistas (fornecedores de autopeças e componentes instalados na mesma área), segundo fonte da empresa. A projeção do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí era de 4 mil a 5 mil vagas.
A reportagem é do jornal Zero Hora, 14-07-2009.
Oprojeto da GM prevê investimento de US$ 1 bilhão para produzir pelo menos 130 mil unidades de dois novos modelos de veí-culos populares. Os detalhes serão conhecidos na cerimônia marcada para as 15h30min de hoje, dia 15-07-2009, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. A apresentação ocorrerá depois da oficialização do investimento para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, pela manhã.
A unidade, que atualmente conta com capacidade de 250 mil automóveis por ano entre os modelos Celta e Prisma, soma cerca de 5 mil funcionários em todo o complexo automotivo. De acordo com o sindicato, pelo menos 2,6 mil seriam da própria GM, e o restante dos sistemistas e empresas que prestam serviços terceirizados como limpeza e segurança. De acordo com a mesma fonte ligada à companhia, o cálculo dos sindicalistas é exagerado pela necessidade cada vez maior de a indústria automobilística buscar eficiência e produzir com custos reduzidos.
Número de funcionários passou de 3,5 mil para 5 mil em 2006
O diretor do Departamento Jurídico do sindicato, Valcir Ascari, diz que, como os novos modelos serão produzidos sobre uma outra plataforma, os mesmos metalúrgicos não poderiam ser aproveitados nas diferentes linhas. Os sistemistas também teriam de recorrer a ampliações significativas para atender a nova demanda.
– Toda vez que a GM aumenta um pouco a produção, eles (os sistemistas) já têm de recorrer ao terceiro turno – diz Ascari.
O superintendente do Instituto Gaúcho de Estudos Automotivos (Igea), Paulo Fernando Ely, também acreditava na criação de até 5 mil empregos com a ampliação da GM. Conforme Ely, a estimativa era baseada em projeções de executivos do segmento. De qualquer forma, afirma Ely, para cada emprego direto criado na montadora e nos sistemistas outros cinco são abertos em fornecedores de peças, sistemas e serviços.
– Só um limpador de para-brisa tem 200 peças – observa Ely, referindo-se ao efeito multiplicador de empregos na cadeia.
Em 2006, quando a unidade em Gravataí foi duplicada, passando para 250 mil veículos por ano, o número de empregos no complexo subiu de 3,5 mil para 5 mil.
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