Do Último Segundo
Coluna Econômica - 16/07/2009
Ontem os mercados reagiram com otimismo porque Nouriel Roubini - o economista que primeiro previu a grande crise de 2008 - anunciou sua previsão de que a economia norte-americana já bateu no fundo do poço e agora começaria a se recuperar.
Roubini apostou durante muito tempo na grande crise. Para quem se preocupou em analisar as analogias entre o início do século e os últimos anos - eu mesmo fiz isso em meu “Os Cabeças de Planilha” - a grande crise era inevitável, devido à disfuncionalidade do sistema financeiro mundial, à multiplicação de novas ferramentas financeiras, criando efeitos em cascata de difícil controle.
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Roubi tinha as mesmas informações de milhares de outros economistas. Analisava indicadores econômicos, indicadores de solvência de empresas, de mercado. Por que remou tão radicalmente contra a maré, e por que, afinal, ele estava certo e a maioria errado?
Anos atrás, o Grande Mestre soviético Garry Kasparov - o maior enxadrista da história - relatou sua visão de jogo em uma entrevista memorável. No tabuleiro - dizia ele - as possibilidade de combinações são infinitas. Por que ele escolhia sempre as alternativas vencedoras? Intuição, dizia ele.
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