Os russos que têm disponibilidade financeira dão preferência a automóveis estrangeiros, mesmo que usados, em relação aos "Lada" e "Volga". Mas como é preciso salvar as fábricas onde são produzidos veículos russos, porque nelas trabalham dezenas de milhar de trabalhadores e delas dependem cidades inteiras, o Governo de Vladimir Putin decidiu aumentar as taxas sobre a importação de carros estrangeiros.
Esta contradição deu origem a um dos primeiros conflitos sociais após o início da crise financeira mundial.
A polícia dispersou hoje em Vladivostoque uma manifestação interdita contra o aumento das taxas sobre a importação de viaturas estrangeiras e pela redução do preço da gasolina, tendo detido numerosos participantes da manifestação.
Segundo as agências russas, cerca mil descontentes com o aumento das taxas juntaram-se na praça central de Vladivostoque, cidade do Extremo Oriente russo. A polícia exigiu que os participantes na manifestação não autorizada dispersassem e acabou por carregar quando a ordem não foi cumprida.
Dmitri Iukhnovitch, repórter da agência Interfax no local, declarou à rádio Eco de Moscovo que "a polícia agiu com muita dureza tanto contra os manifestantes, como contra os jornalistas. A polícia de choque OMON tirou máquinas fotográficas e câmaras de filmar aos jornalistas, espancou com cacetetes e a pontapé, dezenas de pessoas foram detidas".
A manifestação tinha por objectivo fazer o Governo russo anular a decisão proteccionista que visa duplicar as taxas de importação sobre os veículos ligeiros e triplicar sobre os pesados, bem como reduzir o preço dos combustíveis.
A decisão do Governo desencadeou uma onda de protestos em várias cidades do Extremo Oriente russo, porque mais de 90% das viaturas nesse território são automóveis japoneses usados.
Segundo as agências russas, cerca mil descontentes com o aumento das taxas juntaram-se na praça central de Vladivostoque, cidade do Extremo Oriente russo. A polícia exigiu que os participantes na manifestação não autorizada dispersassem e acabou por carregar quando a ordem não foi cumprida.
Dmitri Iukhnovitch, repórter da agência Interfax no local, declarou à rádio Eco de Moscovo que "a polícia agiu com muita dureza tanto contra os manifestantes, como contra os jornalistas. A polícia de choque OMON tirou máquinas fotográficas e câmaras de filmar aos jornalistas, espancou com cacetetes e a pontapé, dezenas de pessoas foram detidas".
A manifestação tinha por objectivo fazer o Governo russo anular a decisão proteccionista que visa duplicar as taxas de importação sobre os veículos ligeiros e triplicar sobre os pesados, bem como reduzir o preço dos combustíveis.
A decisão do Governo desencadeou uma onda de protestos em várias cidades do Extremo Oriente russo, porque mais de 90% das viaturas nesse território são automóveis japoneses usados.
Isso faz com que o aumento da taxa de importação ponha em risco um grande número de empregos ligados a esse negócio.
Quanto ao preço dos combustíveis, a situação é espantosa. Num país muito rico em petróleo, o preço da gasolina e do gasóleo aproxima-se a passos largos dos valores praticados em Portugal e nem sequer desce quando caem os preços mundiais dos hidrocarbonetos. Os consumidores russos estão a pagar os prejuízos que as petrolíferas sofrem com a quebra das exportações.
Além das reivindicações de carácter económico, os manifestantes em Vladivostoque exigiram também a demissão do governo de Vladimir Putin que, na semana passada, apelou aos russos a preferirem os automóveis nacionais aos estrangeiros.
Manifestações de automobilistas descontentes realizaram-se em mais de 30 cidades do país.
Segundo a agência Interfax, alguns condutores foram multados por buzinarem e terem palavras de ordem coladas nos vidros dos carros.
Em Moscovo, a manifestação de protesto juntou mais de cem automobilistas, sendo várias vezes mais numerosa a quantidade de polícias presentes no local.
"A nova taxa fará o preço dos automóveis usados subir de 05 para 14 mil euros. Se isso fosse feito na Alemanha, meio país sairia à rua", declarou Serguei Kanaev, dirigente da Federação dos Automibilistas da Rússia.
Além das reivindicações de carácter económico, os manifestantes em Vladivostoque exigiram também a demissão do governo de Vladimir Putin que, na semana passada, apelou aos russos a preferirem os automóveis nacionais aos estrangeiros.
Manifestações de automobilistas descontentes realizaram-se em mais de 30 cidades do país.
Segundo a agência Interfax, alguns condutores foram multados por buzinarem e terem palavras de ordem coladas nos vidros dos carros.
Em Moscovo, a manifestação de protesto juntou mais de cem automobilistas, sendo várias vezes mais numerosa a quantidade de polícias presentes no local.
"A nova taxa fará o preço dos automóveis usados subir de 05 para 14 mil euros. Se isso fosse feito na Alemanha, meio país sairia à rua", declarou Serguei Kanaev, dirigente da Federação dos Automibilistas da Rússia.
Embora não se possa falar de manifestações de grande envergadura, pois o número de polícias mobilizados para a segurança foi bem maior do que os descontentes, estes protestos são um sinal de que o descontentamento social aumenta no país.
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