“Como crise econômica, ainda não é a mais importante. Mas como crise financeira, sim. Nunca houve nada parecido”, afirma Miguel Angel Fernández Ordóñez, presidente do Banco de Espanha, já três vezes ministro da Economia, Comércio e Fazenda, em entrevista publicada no jornal El País, 21-12-2008.
Segundo ele, “o que estamos vivendo tem dimensões históricas, com características globais, porque ninguém se livrou dela. Ela tem uma intensidade enorme: colapso de todos os mercados, há grandes empresas que têm que pagar margens de cinco pontos sobre o índice interbancário, o que é algo incrível. A desconfiança é total. O mercado interbancário não funciona e se geram círculos viciosos: os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem e os bancos não emprestam... Há uma paralisação quase total da qual ninguém escapa”.
“Quando se chegará ao fundo da economia?”, ele responde:
“Há uma predição de que isso aconteça no final de 2009 ou no começo de 2010. Mas isso pode se alargar por causa desta falta de confiança”.
“Mas o senhor está tão pessimista”, retruca o jornal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário