. Informa o Estadão – house organ (*) da Presidencia do Supremo, na página A6, que o Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat) vai fazer 12 viagens ao exterior ano que vem.
. Deve ser para explicar aos presidentes de Suprema Corte pelo mundo afora como um presidente de Suprema Corte deve votar fora dos autos, na imprensa.
. É a grande lição que ele tem a dar.
. Deve explicar, por exemplo, como um presidente de Suprema Corte pode manter uma empresa comercial que ensina, à distância, como um advogado deve ganhar uma causa no Supremo.
. É uma forma de compatibilizar princípios éticos que devem espantar, por exemplo, o presidente da Suprema Corte americana que, como se sabe, anuncia seus votos em entrevistas ao New York Times 430 vezes por mês.
. A “reportagem” do Estadão – um press release – diz que, na Alemanha, este ano, Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat) explicou como deve ser a cota nas universidades brasileiras.
. Tema que, como se sabe, deverá ser apreciado pelo STF…
. O press release do Estadão diz também que seu repórter acompanhou visitas que o Supremo Presidente fez num avião da Força Aérea Brasileira (pode isso?) a Teresina e a Montes Claros.
. “Ao retornar para Brasília, aproximadamente às 22H30M, (o Presidente Supremo) aparentava ser o menos cansado do grupo e ainda tinha pique para conceder entrevistas aos jornalistas.”
. É um super-homem!
. O press release do Estadão cogita de Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat) vir a ser candidato a vice na chapa do presidente eleito José Serrágio.
. Especulação inútil.
. Então, caro leitor, por que o presidente (**) eleito José Serrágio haveria de querer Gilmar Dantas (segundo Noblat) na chapa?
. Por que ele daria ao Presidente Lula o direito de escolher o nono, NONO ministro do Supremo?
. Por que ele haveria de perder um voto certo no Supremo?, o do Presidente Supremo?
. Press releases, como se sabe, caro leitor, não se levam a sério…
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
(**) O Conversa Afiada mantém a previsão: é mais fácil o Vesgo do Pânico ser Presidente do Brasil do que José Serrágio.
De Ciro Gomes, numa sabatina na Folha
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