. Os espectadores que entraram no site do Roda Morta – clique aqui para ler -, os leitores do Conversa Afiada e do Luis Nassif – clique aqui para ler – fizeram a denúncia: censuraram o ínclito delegado Protógenes Queiroz no Roda Morta da TV Cultura de São Paulo.
. Na segunda-feira anterior, o Roda Morta com Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat), foi exibido em todo o Brasil.
. Nesta segunda feira, dia 22, aparentemente Protógenes só apareceu em São Paulo.
. Digamos, por exemplo, que, na Bahia, o governador Jacques Wagner, por causa de suas ligações com a ramificação baiana da famiglia Dantas, preferisse que a TVE da Bahia impedisse um ínclito delegado chamar Daniel Dantas de “banqueiro bandido”.
. Mas, no caso do Rio e de Brasília, a censura transcende os interesses políticos e empresariais regionais, como na Bahia.
. Na TVE do Rio e em Brasília, quem manda é um jornalista: Franklin Martins.
. Se Gilmar Dantas (segundo Noblat) pôde entrar em Brasília e no Rio, e Protógenes, não, isso é uma decisão que, em última análise, coube ao jornalista Franklin Martins (jornalista, por sinal, por todos os motivos respeitável).
. Em última análise, cabe a Franklin Martins tomar essa decisão.
. Ou apurar quem censurou Protógenes…
. E explicar quem e por que censurou Protógenes e, não, Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat).
. A outra hipótese é que o jornalista Paulo Markun (um jornalista que, igualmente, merece toda a admiração), por decisão própria, na saída do sinal da TV Cultura de São Paulo, tenha transformado o Roda Morta no que, de fato, ele se tornou: uma produção municipal.
. Markun não entregou o sinal do programa a Brasília e ao Rio?
. Markun e Franklin combinaram censurar o ínclito delegado Protógenes Queiroz?
. O Conversa Afiada esperou até a manhã desta quarta feira para ver se o PiG (*) trazia alguma explicação.
. Não trouxe.
. Como é que fica o Roda Morta agora ?
. Vamos supor que o Roda Morta resolva entrevistar o corajoso juiz Fausto De Sanctis e submetê-lo à mesma bateria de “tiros fijos” do PiG (*) a que submeteram o ínclito delegado Protógenes Queiroz?
. Ou, por exemplo, entrevistar o responsável pelo departamento de Inteligência e Dossiês no Ministério da Saúde na gestão José Serrágio (de pedágio, os mais altos do Brasil), o deputado Marcelo Itagiba, aquele que disse que grampo sem áudio é grampo assim mesmo.
. Digamos que Franklin e Markun decidam que o deputado serrrista Itagiba entre em rede nacional e o corajoso juiz De Sanctis se confine à província de São Paulo.
. Como é que pode?
. Quem censurou Protógenes?
. Dois jornalistas (por todos os motivos respeitáveis)?
. Ou, por acaso, tem o dedo do Serrrágio (**) nisso?
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
(**)“Ele (Serra) é sem escrúpulo, passa por cima da mãe.”
De Ciro Gomes, numa sabatina na Folha
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