"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, março 22, 2010

Gilmar delira sobre HCs a Dantas: Justiça, MP e PF fizeram política

Conversa Afiada - 22/março/2010 8:52

Se estivesse lá, Gilmar não deixaria o Palácio de Inverno cair

Se estivesse lá, Gilmar não deixaria o Palácio de Inverno cair

A Folha da província de S.P., hoje, numa versão azul suave por conta de um anunciante (só no Brasil …), publica na pág. A12 entrevista do tipo “púlpito” (** com o ex-Supremo Presidente do Supremo, aqui chamado de Gilmar Dantas (**).

Diz o ex-Supremo Presidente do Supremo, agora destinado a uma ministerial insignificância, para onde, segundo ele, na entrevista-púlpito, “volto para contribuir com o debate doutrinário”.

Diz o ex-Supremo Presidente sobre a decisão que já o inscreveu na História da Magistratura Mundial: os dois HCs em 48 horas a um banqueiro passador de bola, apanhado no ato de passar bola e, por isso, condenado a dez anos de cadeia:

“Depois os fatos vieram revelar o envolvimento político da polícia. Envolvimento de Ministério Público e Juiz. E talvez coisas que não saibamos (sic) e que serão reveladas”.

“ … havia um tipo de conúbio espúrio (ou seja, casamento ilegítimo, falso, “casamento na polícia” – PHA) de polícia, juiz e membro de Ministério Público.”

Sobre o áudio do grampo da conversa com o Senador DEMO Demóstenes Torres, aquele que diz que a miscigenação no Brasil se deve a relações “consensuais”:

“Eu tenho certeza que houve gravação. Porque essas pessoas (Protógenes, De Sanctis e De Grandis – PHA) estavam imbuídas de uma missão. E supunham estar autorizadas a fazer qualquer coisa (sic).”

“ … a polícia de alguma forma (sic) mandaria em toda a cena judiciária,” se ele não tivesse dado os dois HCs – PHA.



Parece um delírio.

Uma alucinação.

O ínclito delegado Protógenes Queiroz e seu chefe (Paulo Lacerda, o da babá eletrônica, segundo outro ministro do Supremo da cota FHC) mandariam na “cena judiciária”.

Um delírio.

Protógenes e os corajosos De Sanctis e De Grandis tramaram a prisão de Dantas numa célula petebo-comuno-anarquista, em São Petersburgo, antes da queda do Palácio de Inverno.

Delírio de intensidade aguda ?

Não, não é delírio coisa nenhuma.

É uma desculpa esfarrapada para justificar um dos atos mais sinistros da Justiça brasileira.

Clique aqui para ver o que o Ministro do Supremo Joaquim Barbosa acha da atuação do ex-Supremo Presidente do Supremo.

A entrevista à Folha é uma tentativa de acobertar o trabalho dele, como Advogado Geral da União e de seu patrono Fernando Henrique Cardoso, na privatagem dos telefones, de que Dantas, o “brilhante”, foi o herói.

O dia em que se levantar a tampa dos documentos da privatagem dos telefones – alguns e só alguns deles, sob o manto protetor do Ministro do Supremo Eros Grau – neste dia, urubu vai voar de costas, como dizia o Stanislaw.

Ou é o que disse o presidente Lula a um grande jornalista, sobre os discos rígidos de Dantas, que a ministra do Supremo, Ellen Grace, guardou com o indiscutível argumento de que Dantas não é Dantas, mas Dantas.

Disse Lula: o dia em que abrirem esses discos rígidos, o Brasil para.

Um dia vai parar.

Paulo Henrique Amorim

Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(*) Pena que entrevistador, Fernando Rodrigues, não tivesse aplicado ao ex-Supremo Presidente do Supremo o mesmo zelo profissional – “fazer jornalismo” – que, segundo ele, inspirou suas perguntas no “Roda Morta” ao ínclito delegado Protógenes Queiroz. Na ocasião, o zeloso entrevistador não fez uma única pergunta sobre Daniel Dantas.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (***) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (****) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(****) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Nenhum comentário: