darussia.blogspot.com - Domingo, Março 21, 2010
A oposição russa manifestou-se em cerca de 50 cidades do país a fim de assinalar o “Dia da Ira” e exigir a demissão do primeiro-ministro Vladimir Putin e do seu Governo.
Na capital russa, a oposição extra-parlamentar ao Kremlin tentou sair para a rua, não obstante a proibição das autoridades. Ainda antes do início do comício, a polícia deteve Serguei Udaltsov, dirigente da “Frente de Esquerda” comunista.
Algumas centenas pessoas tentaram reunir-se na Praça Puchkin, mas foram impedidos de realizar um comício por um forte contingente da polícia de choque, que deteve dezenas de manifestantes.
Também em Moscovo, a Federação de Automibilistas da Rússia reuniu mais de mil pessoas para protestar contra os abusos das autoridades nas estradas, tendo a polícia sido alvo de fortes críticas.
A mais numerosa manifestação, que reuniu cerca de duas mil pessoas, realizou-se em Vladivostoque, no Extremo Oriente russo. Representantes de forças políticas tão diversas como o movimento liberal “Solidariedade”, o Partido Comunista, anarquistas e nacionalistas manifestaram-se contra a queda do nível de vida, contra o monopólio político da Rússia Unida (partido de Vladimir Putin), exigram a demissão do primeiro-ministro e eleições livres.
Os participantes na acção de protesto tentaram desenrolar um pano onde se lia: “Putin, suicida-te com um tiro”, mas a polícia obrigou a retirá-lo.
Em Irkutsk, na Sibéria, mais de 1500 pessoas juntaram-se para protestar contra a reabertura de uma fábrica de celulose nas margens do Lago Baikail, o maior reservatório de água potável do mundo.
No comício realizado, Boris Nemtsov, dirigente da oposição extra-parlamentar na Rússia, exigiu a demissão de Vladimir Putin, lembrando que foi ele que autorizou a reabertura da fábrica.
Em São Petersburgo, os partidos da oposição extra-parlamentar conseguiram juntar cerca de mil pessoas, que gritavam: “Constituição, sim! Corrupção, não!”, “Demissão do Governo de Putin!”.
Em algumas cidades registaram-se incidentes. Em Novossibirk, a polícia deteve nove militantes do “Solidariedade”, mas acabou por os libertar quando os manifestantes tencionam protestar perto da esquadra. Em Arkhanguelsk, foi detido um dos dirigentes da mesma organização, tendo sido acusar de “furtar um telemóvel”.
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