"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, março 21, 2010

Rússia ameaça não apoiar prorrogação de mandato da NATO se esta não combater tráfico de droga

darussia.blogspot.com 20 mar 10




A Rússia apoiará a prorrogação do mandato da presença do contingente internacional da NATO no Afeganistão se a Aliança se envolver na destruição das plantações de ópio, anunciou, na sexta-feira, Victor Ivanov, chefe do Serviço Federal de Controlo de Estupefacientes da Rússia (SFCER).
“É indispensável que o mandato, anualmente prorrogado pelo voto dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, compreenda o compromisso de destruir as plantas classificadas como estupefacientes”, declarou Ivanov, numa conferência de imprensa na capital russa.
Segundo Victor Ivanov, que acaba de regressar do Afeganistão, a situação nesse país continua a ser complexa, daí a necessidade da presença de forças internacionais no seu território.
O ministro russo sublinhou que se deve lutar contra os proprietários de plantações onde se cultivam plantas estupefacientes ou alucinógenas, e não contra camponeses separados que cultivam a terra para criar papoilas.
“É muito simples determinar os latifundiários, elaborar uma lista e empregar sanções contra eles. Não tem sentido perseguir os camponeses, pois são pobres. No fundo, são escravos”, precisou.
Segundo um recente relatório da ONU, a Rússia ocupou, em 2009, o primeiro lugar no mundo pela quantidade da heroína afegã consumida: de 75 a 80 toneladas por ano, ou seja, 20 por cento do consumo mundial.
Isso significa que o país consome 3,5 vezes mais do que os Estados Unidos e o Canadá e quase duas vezes mais do que a China. Segundo alguns cálculos, a heroína afegã mata, anualmente entre 30 e 40 mil pessoas na Rússia.
Victor Ivanov preveniu que a União Europeia não abolirá os vistos com a Rússia enquanto este país “não pôr ordem” nas fronteiras meridionais, por onde passa a maioria da droga vinda do Afeganistão.

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