Isto há coisas em que é difícil acreditar, mas a realidade é uma caixa de surpresas. Uma delas está descrita neste artigo que escrevi para a Agência Lusa:
"Alguns dos aviões russos Antonov que desapareceram em Angola durante a guerra entre o MPLA e a UNITA foram utilizados na rodagem do filme “O Senhor da Guerra”, revela a revista russa “Ekho”, que sairá para as bancas na sexta-feira.
O principal herói desse filme de Holywood é o traficante de armas soviético Iúri Orlov, interpretado pelo actor Nicolas Cage e que teve como protótipo Victor But, russo que foi detido, em 2008, na Tailândia a pedido das autoridades norte-americanas.
Entre outros crimes, But, antigo militar russo que domina perfeitamente o português e trabalhou em Angola e Moçambique, é acusado de traficar armas.
“Quando estavam a ver esse filme, os nossos especialistas em aviação ficaram atónitos com uma descoberta inesperada. Segundo alguns sinais externos, um dos aviões que participou nas filmagens é um dos aparelhos Antonov 12 que desapareceram em Angola e são procurados internacionalmente”, declarou à Ekho o piloto de testes russo, Serguei Kudrichov, que dirige uma organização social que tenta descobrir o paradeiro de tripulações russas desaparecidas em Angola.
“Isto é uma nova pista”, afirmou Kudrichov à Agência Lusa, “na natureza, não existem dois aviões iguais. São como as impressões digitais. Cada um tem as suas particularidades: cabines, asas, fusilagem, aparelhos externos”.
“A nossa organização falou com especialistas e pilotos que se recordam de todas as particularidades do avião que desapareceu em África. Claro que se trata de um reconhecimento visual, que é necessário uma análise directa do aparelho”, precisa o piloto russo.
Kudrichov disse à Lusa que a organização que dirige: “Pelo Regresso a Casa”, vai pedir esclarecimentos aos produtores de “O Senhor da Guerra”.
Entre 1997 e 1998, nos céus de Angola desapareceram cinco aviões com 23 tripulantes, cidadãos da Bielorrússia, Rússia, Moldávia e Ucrânia.
Em Janeiro de 1998, um Antonov 12 desapareceu depois de ter descolado do aeroporto angolano de Nzaje. Entre os passageiros estava o cidadão português António Horta.
Serguei Kudrichov e os familiares dos pilotos russos desaparecidos não têm dúvidas de que é preciso continuar a procurar os aviões, considerando que os aparelhos não se despenharam, mas são utilizados em negócios poucos transparentes em África.
“Num encontro com os familiares dos desaparecidos, o general Roberto Leal Ramos Monteiro “Ngongo”, então embaixador angolano na Rússia, reconheceu que os serviços secretos angolanos teriam interceptado uma comunicação de rádio do comandante Stadnik sobre o desvio da tripulação do Antonov-12 e sobre o seu trabalho na mira de metralhadoras apontadas”, recorda Kudrichov.
Segundo ele, “recentemente, encontrámos dois aviões semelhantes aos que procuramos há já dez anos. O nosso perito, que se arriscou a aproximar deles, reconheceu-os como “nossos” por uma série de sinais”.
“Ele teve de se afastar rapidamente dos aparelhos devido à pressão da segurança”, prossegue Kudrichov, e acrescenta, mostrando fotografias aéreas dos aparelhos: “isto confirma essa informação”.
O piloto russo não revela o nome do aeródromo em que foram vistos os aparelhos russos por motivos de segurança das tripulações, mas a Lusa sabe que se trata de um país vizinho de Angola.
“Acreditamos que as pessoas que procuramos podem estar nas mãos de uma “terceira força”, que actua em todo o Sul de África. Nessas regiões há minas de ouro, diamantes e platina e, frequentemente, são controladas por mercenários que garante os interesses de homens de negócios estrangeiros”, frisou".
O principal herói desse filme de Holywood é o traficante de armas soviético Iúri Orlov, interpretado pelo actor Nicolas Cage e que teve como protótipo Victor But, russo que foi detido, em 2008, na Tailândia a pedido das autoridades norte-americanas.
Entre outros crimes, But, antigo militar russo que domina perfeitamente o português e trabalhou em Angola e Moçambique, é acusado de traficar armas.
“Quando estavam a ver esse filme, os nossos especialistas em aviação ficaram atónitos com uma descoberta inesperada. Segundo alguns sinais externos, um dos aviões que participou nas filmagens é um dos aparelhos Antonov 12 que desapareceram em Angola e são procurados internacionalmente”, declarou à Ekho o piloto de testes russo, Serguei Kudrichov, que dirige uma organização social que tenta descobrir o paradeiro de tripulações russas desaparecidas em Angola.
“Isto é uma nova pista”, afirmou Kudrichov à Agência Lusa, “na natureza, não existem dois aviões iguais. São como as impressões digitais. Cada um tem as suas particularidades: cabines, asas, fusilagem, aparelhos externos”.
“A nossa organização falou com especialistas e pilotos que se recordam de todas as particularidades do avião que desapareceu em África. Claro que se trata de um reconhecimento visual, que é necessário uma análise directa do aparelho”, precisa o piloto russo.
Kudrichov disse à Lusa que a organização que dirige: “Pelo Regresso a Casa”, vai pedir esclarecimentos aos produtores de “O Senhor da Guerra”.
Entre 1997 e 1998, nos céus de Angola desapareceram cinco aviões com 23 tripulantes, cidadãos da Bielorrússia, Rússia, Moldávia e Ucrânia.
Em Janeiro de 1998, um Antonov 12 desapareceu depois de ter descolado do aeroporto angolano de Nzaje. Entre os passageiros estava o cidadão português António Horta.
Serguei Kudrichov e os familiares dos pilotos russos desaparecidos não têm dúvidas de que é preciso continuar a procurar os aviões, considerando que os aparelhos não se despenharam, mas são utilizados em negócios poucos transparentes em África.
“Num encontro com os familiares dos desaparecidos, o general Roberto Leal Ramos Monteiro “Ngongo”, então embaixador angolano na Rússia, reconheceu que os serviços secretos angolanos teriam interceptado uma comunicação de rádio do comandante Stadnik sobre o desvio da tripulação do Antonov-12 e sobre o seu trabalho na mira de metralhadoras apontadas”, recorda Kudrichov.
Segundo ele, “recentemente, encontrámos dois aviões semelhantes aos que procuramos há já dez anos. O nosso perito, que se arriscou a aproximar deles, reconheceu-os como “nossos” por uma série de sinais”.
“Ele teve de se afastar rapidamente dos aparelhos devido à pressão da segurança”, prossegue Kudrichov, e acrescenta, mostrando fotografias aéreas dos aparelhos: “isto confirma essa informação”.
O piloto russo não revela o nome do aeródromo em que foram vistos os aparelhos russos por motivos de segurança das tripulações, mas a Lusa sabe que se trata de um país vizinho de Angola.
“Acreditamos que as pessoas que procuramos podem estar nas mãos de uma “terceira força”, que actua em todo o Sul de África. Nessas regiões há minas de ouro, diamantes e platina e, frequentemente, são controladas por mercenários que garante os interesses de homens de negócios estrangeiros”, frisou".
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