A estratégia de venda dos ativos podres dos bancos americanos estimulou a indústria dos chamados “fundos abutres”, especializados em adquirir ativos podres na bacia das almas e revendê-los com lucro.
Há uma boa matéria de Michael J. de la Merced e Zachery Kouwe, no The New York Times, explicando as possibilidades dessa venda de ativos podres dar certo.
A idéia será mobilizar administradores de fundos hedges e especialistas em fusões e aquisições que enriqueceram no período anterior - processo semelhante ao que está acontecendo no país, com vitoriosos do ciclo anterior adquirindo empresas em dificuldades.
Ainda não há clareza sobre os ativos que serão vendidos, nem sobre os preços oferecidos. Os próprios bancos, donos dos ativos, terão a incumbência de identificar e precificar aqueles que serão disponibilizados para o mercado.
O segredo da operação é adivinhar o momento de reversão da economia. No início dos anos 90, quando a economia norte-americana começou a sair da recessão, esse tipo de operação proporcionou lucros superiores a 30%. Na época havia o filé mignon a Resolution Trust, que permitiu às empresas de empréstimos e poupança vender seus ativos a preços baixos.
Analisa-se um modelo empregado no ano passado, na venda da IndyMac Bancorp, empresa hipotecária da Califórnia que faliu e acabou vendida por US$ 13,9 bilhões.
Os investidores assumiram os primeiros 20% de perdas do banco, o governo assumiu o restante. Tudo isso para evitar que os ativos fossem vendidos a preço de banana.
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