Os Safra estão vivendo provavelmente a fase mais difícil da sua história. Já passaram por outros momentos difíceis. No período João Goulart chegaram a vender sua financeira, com receio da estatização. Depois, viveram uma fase áurea, graças à proximidade com o general Golbery do Couto e Silva.
Nos anos 80 era, de longe, o banco mais avançado da praça ao lado do Citibank. Liderado por Bahia Sobrinho, grande dirigente de banco (que, depois, se estreparia como sócio de um pequeno banco do nordeste), o Safra formou gerações de grandes bancários brasileiros.
Perderam o bonde nos anos 90. Entraram em uma fria com a celular BCP. Mas, agora, em curto espaço de tempo, perdem um dinheiro enorme nas aventuras da Aracruz com derivativos. E, com o fundo Madoff, passam a correr risco sério.
Seu fundo Safra Zeus aplicava no Madoff. E nem todos, dos cerca de uma centena de investidores, podem comprovar a origem do dinheiro. Em muitos casos, há suspeita de que não seja dinheiro provenientes de atividades legais em um momento em que a cooperação internacional rastreia toda sorte de capitais suspeitos.
O diretor de CRM de um grande portal, por exemplo, perdeu US$ 3.015.431,98 com Zeus-Madoff. Um ex-dirigente do Banco Santos tinha US$ 1.073.435,35 em sua conta. O diretor executivo de TI de uma empresa média de informática tinha fabulosos US$ 13.270.567,51. E uma funcionária de TI da Secretaria da Fazenda de São Paulo US$ 565.129,15.
Se o dinheiro aplicado não deveria haver investigaçã0 nas duas pontas? A que recebeu e a que aplicou, pois para mim parece lavagem de dinheiro.
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