"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Bolsa não gosta do pacote de Obama. Por isso mesmo, deve dar certo

Conversa Afiada - 11/fevereiro/2009 7:42

Wolf foi para a esquerda e deu um drible na Miriam Leitão

Wolf foi para a esquerda e deu um drible na Miriam Leitão

. Saiu no Valor, na primeira página: Mercados reprovam plano de Obama

. Os “mercados”, uma entidade dotada de livre arbítrio, que respira, anda e têm existência física comprovada, acharam o plano impreciso, vago, “mais do mesmo”, etc e tal.

. No dia seguinte à eleição de Obama, a Bolsa caiu.

. No dia seguinte à posse, a Bolsa caiu.

. Fica estabelecido que a Bolsa, Elio Gaspari – leia a “colona” (*) de hoje, republicada no Washington Times - e o PiG (**) não gostam de Obama.

. Portanto, Obama tem uma grande chance de ser um bom presidente.



Martin Wolf, o principal articulista do Financial Times diz que a tentativa de Obama de salvar os bancos vai fracassar.
O interessante, porém, é que a crítica de Wolf, um ultra-liberal, é pelo lado esquerdo.
Ele reafirma tese antiga – o problema dos bancos é de insolvência e não de liquidez – e Obama fez o diagnóstico oposto e, portanto, errado.
Para resolver um problema de insolvência – os bancos americanos simplesmente quebraram -, Wolf acha que não tem saída: Obama vai ter que estatizar os bancos.
Isso vai dar um nó na cabeça da Miriam Leitão …

Paulo Henrique Amorim

(*) Se refere à “colônia”, dá a idéia de pessoa “colonizada”, submetida ao pensamento hegemônico que se originou na Metrópole e se fortaleceu nos epígonos coloniais. Epígonos esses que, na maioria dos casos, não têm a menor idéia de como a Metrópole funciona, mas a “copiam” como se a ela pertencessem.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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