"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, dezembro 16, 2008

De sacanagem

Blog do Luis Nassif - 13/12/08

Denúncia gravíssima no Estadão de hoje:

"Ex-chefe da Abin no Rio ganha cargo estratégico em Brasília

Na unidade que chefiou, PF apreendeu micros com arquivos pornográficos"

Melhor que isto, só a declaração do deputado Raul Jungmann no Estadão de ontem, dizendo que o episódio dos vídeos de sacanagem nos computadores de agentes da Abin era mais grave do que a atuação do antigo SNI (aliás, solicito a um comentarista pesquisador que recupere essa jóia do pensamento político para nós).

Já nem sei quem está com mais sacanagem.

Por Kautscher-São Gonçalo-RJ (

"O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) mostrou-se chocado com a revelação. Para ele, a Abin está tendo “uma atuação pornográfica”:



– Isso me recorda um dos piores momentos da ditadura e do Serviço Nacional de Informações (SNI). Como um órgão de informação da Presidência da República pode ter esse tipo de material?



Jungmann afirmou que a existência desse tipo de material em equipamentos da Abin é “absurdo atroz” e revela “total descontrole” da agência."

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Por Jeferson Melo

O moralismo seletivo dessa turma é admirável. Não faz muito tempo, o senador Demóstenes Torres foi flagrado em plena sessão da Câmara Alta – usando equipamentos públicos – para apreciar uma edição da Playboy.

Não me recordo da indignação de Jungman e nem dos espasmos moralistas do Estadão. Será que o senador era movido por elevados interesses políticos?

Enviado por: Ivanisa

Recado ao Jungmann e ao PPS:

A participação do Jungmann em todo esse episódio está se tornando neurastênica. Surpreende-me a omissão do Partido Popular Socialista e de seu Presidente Roberto Freire.

Roberto Freire tem uma história política respeitável. Deixar-se ser associado a esta atuação medíocre, apequena a história do Partido e não condiz com o comportamento de seu presidente. O PPS tem quadros que têm bagagem política e militância extraordinárias. A disciplina partidária deveria ser adotada nesses momentos, a partir de uma advertência.

Sobre o assunto em questão - a investida moralista contra o gabinete de segurança e o órgão de inteligência nacional - faço algumas ponderações: há intenção de desmoralizar e fragilizar as instituições do país? Qual a aposta que se está fazendo? Trata-se de uma tática política, ideológica? Ou estamos diante somente de um indivíduo que detém um cargo de deputado e faz uso dele em seu próprio nome?

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