darussia.blogspot.com - 17/12/08
As autoridades russas decidiram suspender a redução do número de efectivos das tropas do Ministério do Interior, alegando que eles serão necessários para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, mas os analistas atribuem essa decisão ao facto de o poder recear desordens devido à crise económica e social no país.
Há dois anos atrás, o Conselho de Segurança da Rússia tinha decidido reduzir essas tropas de 200 mil para 140 mil até 2011, mas suspendeu esse processo agora, ao nível dos 170 mil efectivos.
As tropas do Ministério do Interior são constituídas por destacamentos de operações especiais, unidades de segurança de alvos particularmente importantes.
Vassili Pantchenkov, porta-voz dessa força militarizada, considera que o processo de redução foi suspenso com vista a garantir a ordem e segurança nos Jogos Olímpicos de Inverno, que se irão realizar em 2014 na cidade de Sotchi (Sul da Rússia), mas uma fonte do diário “Vedomosti” no Ministério do Interior tem uma opinião diferente: “Claro que ninguém irá anunciar abertamente que as tropas serão necessárias para reprimir desordens”.
Andrei Ilarionov, antigo conselheiro de Vladimir Putin e hoje seu adversário, qualifica de "catastrófica" a queda da produção industrial no país, chamando a atenção para o facto de ela ter análogo apenas nos finais de 1941 e início de 1942, ou seja, durante a Segunda Guerra Mundial.
Economistas do Clube Económico junto da empresa de consultadoria FBK não excluem a possibilidade de “levantamentos populares” em várias regiões da Rússia em Janeiro ou Fevereiro.
“As pessoas querem, talvez pela última vez, festejar calmamente o Ano Novo. Mas, depois, Janeiro e Fevereiro serão um período muito difícil. O número de desempregados poderá duplicar”, considera Evgueni Gontmakher, dirigente do Centro de Política Social da Academia das Ciências da Rússia.
“No nosso país, a estabilidade é a moeda com que o poder paga à população. O povo trocou-a pelos seus direitos políticos. Agora, o acordo é irrealizável, pois é impossível, num futuro próximo, restaurar a estabilidade”, defende Alexandre Auzan, presidente do Instituto “Contrato Social”.
Segundo ele, “nessa situação de desencantamento crescente, quais deteriorações irão ser mais dolorosas: avarias nos sistemas de aquecimento, aumento do preço dos serviços comuniais”.
Os economistas consideram que os recentes protestos populares no Extremo Oriente russo, provocados pelo aumento dos impostos sobre os veículos importados, poderão ser o primeiro sinal e não excluem levantamentos como os que têm lugar na Grécia.
Há dois anos atrás, o Conselho de Segurança da Rússia tinha decidido reduzir essas tropas de 200 mil para 140 mil até 2011, mas suspendeu esse processo agora, ao nível dos 170 mil efectivos.
As tropas do Ministério do Interior são constituídas por destacamentos de operações especiais, unidades de segurança de alvos particularmente importantes.
Vassili Pantchenkov, porta-voz dessa força militarizada, considera que o processo de redução foi suspenso com vista a garantir a ordem e segurança nos Jogos Olímpicos de Inverno, que se irão realizar em 2014 na cidade de Sotchi (Sul da Rússia), mas uma fonte do diário “Vedomosti” no Ministério do Interior tem uma opinião diferente: “Claro que ninguém irá anunciar abertamente que as tropas serão necessárias para reprimir desordens”.
Andrei Ilarionov, antigo conselheiro de Vladimir Putin e hoje seu adversário, qualifica de "catastrófica" a queda da produção industrial no país, chamando a atenção para o facto de ela ter análogo apenas nos finais de 1941 e início de 1942, ou seja, durante a Segunda Guerra Mundial.
Economistas do Clube Económico junto da empresa de consultadoria FBK não excluem a possibilidade de “levantamentos populares” em várias regiões da Rússia em Janeiro ou Fevereiro.
“As pessoas querem, talvez pela última vez, festejar calmamente o Ano Novo. Mas, depois, Janeiro e Fevereiro serão um período muito difícil. O número de desempregados poderá duplicar”, considera Evgueni Gontmakher, dirigente do Centro de Política Social da Academia das Ciências da Rússia.
“No nosso país, a estabilidade é a moeda com que o poder paga à população. O povo trocou-a pelos seus direitos políticos. Agora, o acordo é irrealizável, pois é impossível, num futuro próximo, restaurar a estabilidade”, defende Alexandre Auzan, presidente do Instituto “Contrato Social”.
Segundo ele, “nessa situação de desencantamento crescente, quais deteriorações irão ser mais dolorosas: avarias nos sistemas de aquecimento, aumento do preço dos serviços comuniais”.
Os economistas consideram que os recentes protestos populares no Extremo Oriente russo, provocados pelo aumento dos impostos sobre os veículos importados, poderão ser o primeiro sinal e não excluem levantamentos como os que têm lugar na Grécia.
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