Enquanto não houver uma readequação do nível de estoques das indústrias, será difícil avaliar como será o próximo ano.
O que acontece agora?
A economia – brasileira e mundial – vinha crescendo a um ritmo recorde. Ao mesmo tempo, as cotações das commodities explodiam. Esse duplo movimento fazia com que as empresas aumentassem seus estoques para fazer frente à demanda e para se beneficiar da alta de preços.
Em outubro houve uma inflexão radical no nível de atividade. O primeiro efeito é a paralisação dos negócios. Depois, a economia começa a girar lentamente, mas as empresas vão desovando seus estoques, para adaptá-los à nova realidade. Nesse período, caem sensivelmente as novas encomendas ao setor industrial.
Passada essa fase – que pode demorar até três meses – se terá uma idéia mais clara do novo ritmo da economia – brasileira e mundial. Só aí se terá uma noção melhor do ritmo da atividade econômica, do novo nível das transações correntes.
Ponto importante é que, apesar do tamanho da crise, a economia brasileira não se desorganizou. Portanto terá condições de sair mais rapidamente da crise do que as economias dos países centrais.
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