Por Paulo
Incrível a coluna Radar na Veja desta semana.
Em nota de destaque ela afirma (o que todos nós já sabíamos) que as contas dos grampos na CPI não fecham porque nelas estão incluídas as renovações quinzenais do MESMO NÚMERO.
Cadê o estardalhaço? A matéria de capa? A retratação a respeito da "farra das escutas telefônicas"? A Folha? O Estado?
E agora Itagiba?
Guerra de números
Empenhado em derrubar a informação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que divulgou haver no país 12 000 escutas legais, o presidente da CPI dos Grampos, Marcelo Itagiba, juntou dados já enviados pelas sete maiores operadoras do país e constatou: só na primeira semana de março havia 21 731 telefones interceptados. Mas e os tais 400 000 grampos feitos em 2007, divulgados no início do ano pela CPI? Bem, nessa conta incluíam-se as renovações quinzenais das interceptações feitas nas mesmas linhas.
Comentário
E aí se encerra mais um factóide, nessa série infindável de manipulações amadoras que, a cada dia, torna mais vergonhosa a imagem pública dos Itagibas, Jungmanns, Vejas e quetais.
Quem “se enganou” com os números foi um delegado federal, um ex-Secretário de Segurança perfeitamente informado sobre a metodologia de dados da área de segurança.
Esse número falso permitiu os seguintes rompantes de Itagiba:
Grampos passam de 400 mil
Autor: O Globo em 07/03/2008 11:28:10
As operadoras de telefonia fixa e celular informaram à CPI das Escutas Telefônicas que foram feitas escutas em 409 mil linhas, por ordem judicial, no ano de 2007. As empresas disseram que montaram esquemas de segurança para evitar o vazamento de dados.
Os números - quase 1.120 pedidos a cada dia - surpreenderam os deputados da comissão, que falaram em abuso no uso de grampos em investigações. Foram ouvidos representantes das seis empresas que atuam hoje no mercado.
- É um número estarrecedor, muito maior que poderia se imaginar. A grande pergunta que fica é: quem é capaz de controlar isso tudo? Na minha opinião, ninguém - disse o presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB), ex-secretário de Segurança do Rio e ex-superintendente da Polícia Federal no estado.
E permitiu à Veja montar mais um de seus factóides, a capa sobre a grampolândia:
Por Cascudo
Nassif,
Eu comentei há 1 ou 2 meses atras, de uma entrevista do Itagiba a um canal de TV onde ele afirma "existirem 400 mil grampos e, se 10 pessoas ligaram para essas pessoas, então existiriam 4 milhoes de cidadãos grampeados."
Brinquei atá que na proxima entrevista seriam 40 milhôes, já que ele estava utilizando o mesmo argumento em cima de um número de 10 mil, que já era conhecido em março.
Bem, pelo menos, agora tem um órgão do judiciário que o Itagiba não consegue contestar.
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