Resultados de toda a fancaria montada em torno da CPI do Grampo:
1.Expôs de forma imprudente as relações políticas do governador José Serra. A CPI foi uma armação da revista Veja que teve, como as duas figuras mais ostensivamente manipuladoras os deputados Marcelo Itagyba e Raul Jungmann. Ambos são dois dos mais fiéis seguidores de Serra - Itagyba trabalhava para Serra por ocasião do caso Lunnus, relação que não foi explorada na época e que, agora, voltou à tona. A decisão da CPI saiu por pressão de reportagens factóides de Veja, outra peça da tropa de choque de Serra.
2. A CPI termina sem nenhum resultado concreto no seu objetivo principal – defender Daniel Dantas -, desnudou a tropa de choque de Serra e reduziu consideravelmente sua utilidade para futuras operações terroristas. Em cada nova missão que se meterem, a opinião pública dirá: são os mesmos que, aliados à Veja, defenderam Daniel Dantas contra De Sanctis, Protógenes e Lacerda. E nem mencionei as ilações inevitáveis com Dantas.
Provavelmente esse episódio, mas o factóide de Jarbas Vasconcellos, foram a razão da autocrítica tardia de Fernando Henrique Cardoso, em seu artigo de domingo no Estadão, sobre a ineficácia dessas táticas de guerra.
Quando acabaram as eleições, não foram poucos os que acreditaram em um PSDB serrista com figuras do porte de Luiz Paulo Velloso Lucas, José Roberto Afonso, Márcio Fortes. Os que ficaram terão que se conformar com Itagyba, Jungman, Virgílio e Veja.
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