"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, abril 16, 2009

Justiça do Trabalho proíbe Bunge de praticar jornada exaustiva em Minas

Instituto Humanitas Unisinos - 14/04/09

A Justiça do Trabalho de Minas Gerais proibiu a primeira usina de álcool da Bunge no mundo, em Santa Juliana (MG), de submeter trabalhadores a jornadas exaustivas e de reter carteiras de trabalho além do prazo de 48 horas.

A reportagem é de Pablo Solano e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 14-04-2009.

A Bunge - líder brasileira em exportações do agronegócio- é dona desde 2007 da usina Santa Juliana, que fica na cidade do mesmo nome, a 449 km de BH.

No total, o juiz Edmar Salgado expediu 25 determinações à empresa com base em ação civil pública do MPT (Ministério Público do Trabalho).

O procurador do Trabalho Rafael Gomes diz que a Bunge não melhorou as condições de trabalho quando assumiu o controle da Santa Juliana, em 2007. O diretor corporativo de comunicação da Bunge no Brasil, Adalgiso Telles, contesta.

Segundo o MPT, cartões de ponto entregues em junho de 2008 pela Santa Juliana mostravam que trabalhadores continuaram sendo submetidos a jornadas de trabalho de mais de dez horas diárias.
A usina também desconsiderava nos pagamentos as horas gastas pelos trabalhadores no itinerário entre a cidade e a área rural, segundo o procurador.

Segundo o MPT, cortadores de cana foram mantidos em cidades próximas sem apoio para estadia e alimentação enquanto aguardavam convocação para a lavoura.

No período de inatividade, de acordo com o procurador, eles ficaram com a carteira de trabalho retida e, com isso, foram impedidos de trabalhar para outras empresas.

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