Gilmar Mendes é um adolescente nervoso com um trabuco na mão, prestes a atirar em quem o incomode. Há duas maneiras de tratar com desequilíbrios emocionais. Uma, é enquadrar o nervoso. Outra, é tratá-lo bem, fazer todas suas vontades até que ele largue a arma.
A Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) já se transformaram em assessorias pessoais de Gilmar. A quantidade de releases enaltecendo o grande chefe é vergonhosa. Nada contra os colegas que lá trabalham, aliás, para eles minha solidariedade. Alpinistas do meio jurídico já escreveram teses comparando Gilmar ao grande juiz norte-americano Earl Warren, defensor dos direitos civis. Então, o que custa um pacto a mais? Afinal, desde o Pacto de Moncloa, a palavra ganhou um significado mágico no país. Desde os anos 80, todo mundo quer um pacto.
Esse Pacto Republicano me pareceu isso, embora tenha algumas medidas interessantes. Executivo e Legislativo deram o que Gilmar Mendes queria: uma solenidade e uma assinatura, holofotes e um álibi para tentar conferir seriedade a uma atuação política que desperta a galhofa, explícita nos críticos, enrustida nos aliados.
Deram um pacto para Gilmar. Depois da festa, a avaliação geral na mídia é que trata-se de um conjunto de boas intenções, sem nada de muito concreto. Mas Gilmar conseguiu mais um dia de glória e de auto-ilusão.
Tanto que jornalistas simpáticos a ele qualificar o pacto de “vitória pessoal” de Gilmar e sem nenhum significado maior (clique aqui para ler as matérias).
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