"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, abril 19, 2009

O fator China

Blog do Luis Nassif - 17/04/09

Não tem jeito. A China do século 21 é a Inglaterra do século 18. Qualquer brecha é aproveitada para aumentar as exportações. Câmbio, subsídio, pirataria, qualquer recurso vale.

De certo modo, a China recorre ao estilo Microsoft, antes de ser enquadrada pela União Européia e pelos sistema anticartel dos Estados Unidos. Sai na frente, recorrendo a toda sorte de práticas proibidas. Depois, aguarda a abertura de processos. Acerta as contas mais tarde, mas nada que não compense o mercado conquistado no período de lambança.

É o que está ocorrendo com as exportações de produtos siderúrgicos – inclusive afetando diretamente as exportações brasileiras para a América Latina

Segundo a matéria de Raquel Landim, no Valor – “Aço chinês toma lugar do brasileiro na AL” -, nos últimos dois anos as exportações chinesas para a América Latina cresceram 90% enquanto as brasileiras caíram 38,5%.

A questão é que, enquanto a crise global derrubava o consumo de produtos siderúrgicos, o governo chinês agiu rapidamente, criou incentivos para exportação e as condições para que a China na reduzisse a produção – que cresceu 2,4% no período contra queda de 23% na produção mundial. Sem considerar a China, a queda teria sido de 48,7%.

Estados Unidos e Brasil – através de Usiminas – estão com ações antidumping contra a China.

http://www.google.com/notebook/public/03904464067865211657/BDRObSgoQmOW2nosk

Alan Patrick

Acabei de ler uma matéria no blogue de um advogado americano que trabalha na China e vai no mesmo sentido do que você está dizendo:

http://www.chinalawblog.com/2009/04/foreign_companies_going_china.html

Ele relata como as empresas estrangeiras são “autorizadas” a competir no mercado local. Se optam apenas pelo extrato superior do público alvo (10 a 20% do total), tudo bem. Se miram o mercado de massas, têm que pagar imposto (!), algo que as autoridades regionais não cobram das empresas nacionais.

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