O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos estuda a melhor forma de ajudar financeiramente as montadoras General Motors e Chrysler, de forma a facilitar a fusão entre as duas empresas, segundo uma fonte do governo. O governo avalia uma ajuda de pelo menos US$ 5 bilhões, que poderia ser feita via injeção direta de capital nas empresas ou por outros meios.
A notícia é dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e El País, 28-10-2008.
Além disso, também como forma de ajudar o setor, que passa por uma grave crise no país, a Casa Branca anunciou ontem que os bancos das montadoras poderão entrar no pacote financeiro federal de ajuda aos bancos . “É possível que alguns dos braços financeiros (das companhias de automóveis) possam fazer parte do pacote de ajuda”, disse a porta-voz da Presidência, Dana Perino. “Essa é uma das razões pelas quais o (Departamento do) Tesouro esteve em contato com elas,”
Chrysler Financial e GMAC, da GM, poderiam, dessa forma, obter apoio do governo. O fundo de investimentos Cerberus possui 51% da segunda empresa, que é a firma de financiamento da General Motors, e todo o controle da Chrysler Financial. Os 49% restantes da GMAC continuam nas mãos da GM.
Essas empresas, juntamente com a Ford Credit, o braço financeiro da Ford, oferecem empréstimos para a compra de veículos a indivíduos, assim como às concessionárias para a aquisição de estoque.
O Congresso dos Estados Unidos, que aprovou a ajuda financeira no início de outubro, também concedeu auxílios para que o setor automobilístico tenha acesso a US$ 25 bilhões em empréstimos a juros baixos.
CONCORDATA
Nos últimos dias, tanto a General Motors quanto a Chrysler anunciaram mais cortes de empregos e fechamentos de fábricas, como forma de conter gastos e adequar a produção à demanda cada vez menor nos EUA. Com esses anúncios, voltaram a crescer os rumores de que, sem ajuda oficial, as empresas podem ter de recorrer à concordata para sobreviver.
O vice-chairman da General Motors, Bob Lutz, reiterou ontem, porém, que a falência não é uma opção para a montadora e que não existe prazo para uma possível fusão com a Chrysler. “Não há realmente nada que possamos dizer” sobre a fusão com a Chrysler, afirmou o executivo a um repórter da rede de televisão CNBC, depois de fazer um discurso no Sociedade de Relações Públicas da América, em Detroit.
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