Por José Meirelhes
Em 27/10/2008 o Financial Times publicou artigo do Jeffrey Sachs com o título "The best recipe for avoiding a global recession" (A melhor receita para evitar uma recessão global). O texto está disponível em clique aqui.
Nesse artigo o J. Sachs elenca 7 ações para enfrentar a recessão mundial. A primeira é a seguinte:
First, the US Federal Reserve, the European Central Bank and the Bank of Japan shoud extend swap lines to all main emerging markets, including BRAZIL, Hungary, Poland and Turkey, to prevent a drain of reserves. ( Primeiro, o FED, o Banco Cental Europeu e o Banco do Japão deveriam fornecer linhas de swap para todos os principais mercados emergentes, incluindo Brasil, Hungria, Polônia e Turkia, para impedir uma fuga de reservas.)
A segunda medida é a seguinte:
Second, the International Monetary Fund shoud extend low conditionality loans to all countries that request it, starting withPakistan. (Segundo, o FMI deveria fornecer empréstimos com poucas contrapartidas para todos os países que os solicitem, começando com o Paquistão.)
Parece que o Sachs está bem informado, pois esses dois passos já foram anunciados. Só faltam os outros cinco. Vamos aguardar.
O Beato Salu, por outro lado, não consegue apontar qual o caminho para sair do buraco. Parece que só consegue olhar lá para baixo. Como é um economista bem formado e informado, deve ter algum outro interesse para assim proceder. Idiota ele não é.
A receita de Scahs
Qualquer expansão coordenada deverá incluir as seguintes ações:
Primeiro - O Federal Reserve, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão devem estender linhas de swap a todas as principais economias emergentes, incluindo Brasil, Hungria, Polônia e Turquia, para impedir a perda de reservas;
Segundo - O Fundo Monetário Internacional deverá estender empréstimos de baixa condicionalidade a todos os países que o solicitarem, como o Paquistão;
Terceiro - Os Estados Unidos, os bancos centrais europeus e reguladores devem trabalhar junto aos seus grandes bancos para desencorajar a retirada abrupta de linhas de crédito para as operações no exterior. A Espanha tem um papel a cumprir com os bancos na América Latina;
Quarto - China, Japão e Coréia do Sul deverão realizar uma expansão macroeconômica coordenada. Na China, isso representaria o aumento das despesas com habitação e infra-estrutura. No Japão, aumento nos gastos com infra-estrutura e com o financiamento a nações em desenvolvimento da Ásia e da África;
Quinto - O Oriente Médio deveria financiar projetos de investimento em mercados emergentes e de baixa renda, além de acompanhar as despesas domésticas, apesar da queda do petróleo
Sexto - Os Estados Unidos e a Europa devem expandir os créditos à exportação de baixo e médio rendimento dos países em desenvolvimento, tanto para atender suas promessas não cumpridas como para atuar como estímulo contra-cíclico;
Sétimo - Existe espaço para a expansão da política fiscal nos Estados Unidos e na Europa, apesar dos grandes déficits orçamentários. Os EUA deverão se concentrar na infra-estrutura e na transferência de capital para estados "amarrados", sem cortes fiscais. Este pacote pode não interromper a recessão americana e em parte da Europa, mas conteria a recessão na Ásia e nos países em desenvolvimento.
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