Schwartsman quer sempre aumentar os juros dos bancos
Paulo Henrique Amorim
. Alexandre Schwartsman foi diretor do Banco Central, na gestão do presidente do BankBoston, Henrique Meirelles.. Ele faz dupla com Ilan Goldfajn, também do diretor do Banco Central na gestão do presidente do BankBoston.
. Os dois formam uma dupla de uma nota só: imediatamente depois de deixarem o Banco Central, arrumaram um lugar no PiG para falar mal do Governo a que serviram, o Governo do Presidente Lula, um presidente que tem medo e entregou o Banco Central a adversários políticos.
. O Banco Central, sob a presidência provisória do presidente do BankBoston, está para anunciar a nova taxa de juros.
. O que querem os bancos?
. Os bancos sempre querem juros mais altos.
. É o mesmo que perguntar a macaco se ele quer banana.
. Alexandre Schwartsman agora é colonista (*) da Folha (da Tarde) (**).
. E hoje, na primeira página, publica uma míssil dirigível: “Manter a demanda interna aquecida só vai gerar inflação.”
. A demanda aquecida, anuncia o profeta da catástrofe, “... trará depreciação cambial e mais inflação”.
. Ou seja, juros mais altos – é o que os meus ex-colegas devem fazer hoje.
. Schwartsman ocupa o cargo de economista chefe do Santander para a America Latina e tem PhD pela Universidade da Califórnia (Berkeley).
. O mais interessante é que ele deve ser o “tipo ideal” dos diretores do Banco Central na gestão do presidente que entregou o Banco Central a gênios PhDs neo-liberais.
. Se o Banco Central aumentar os juros hoje, se o Presidente Lula não fosse o presidente que tem medo, mandava toda a diretoria do Banco Central, seu presidente à frente, para administrar os fundos do Banco Opportunity, como fez outro gênio do BC, o Afonso Bevilaqua – clique aqui para ler “Se Meirelles aumentar os juros...” .
. O Brasil será o ÚNICO país sério do mundo que, depois do tsunami concebido e gerado nas entranhas de outro economista genial – o Greenspan –, aumentou os juros.
. O problema dos bancos centrais no mundo hoje não é a inflação.
. É a recessão, é a depressão !
. O desemprego.
. A queda do padrão de vida.
. É a supressão dos programas de proteção social.
. É o desmonte do serviço público de saúde e de educação.
. (É armar a rede para o presidente eleito, José Serra, se deitar...)
. Já seria tempo de o Banco Central e o PiG pegarem esses neoliberais de quinta extração e trocar por uns keynesianos.
. Como fizeram os países sérios do mundo, que transformaram esses Schwartsman, Bevilaqua e Goldfajn em keynesianos desde criancinha.
. Em tempo: o Alexandre Schwartsman deveria ter lido o respeitado Martin Wolf no jornal Valor, página A-11: "os Bancos Centrais precisam reexaminar as suas economias e reduzir taxas em pelo menos um e, idealmente, em dois pontos percentuais".
.Outra que acredita que é preciso sufocar a demanda é a candidata ao Prêmio Nobel de Economia, Miriam Leitão, no caderno de Economia do Globo - clique aqui.
(*) Se refere à “colônia”, dá a idéia de pessoa “colonizada”, submetida ao pensamento hegemônico que se originou na Metrópole e se fortaleceu nos epígonos coloniais. Epígonos esses que, na maioria dos casos, não têm a menor idéia de como a Metrópole funciona, mas a “copiam” como se a ela pertencessem.
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