(...)"O problema hoje é de crédito e esse deve ser o foco da atuação dos governos, especialmente na área federal. O dinheiro precisa circular", receita Mauro Ricardo Costa, secretário da Fazenda do Estado de São Paulo.
Mauro Ricardo avalia que a equipe econômica adotou algumas medidas corretas, mas agiu muito timidamente para resolver a falta de crédito e desmanchar o empoçamento da liquidez, que mantém os recursos que deveriam financiar a produção parados nos bancos. Para ele, as medidas envolvendo a liberação de recursos dos depósitos compulsórios não funcionaram e só surtirão efeito quando os bancos forem penalizados por não emprestar dinheiro.
Essa penalização, sugere, deve ser feita via redução da remuneração dos bancos. O depósito compulsório, diz, poderia ser remunerado a 20% da Selic. "Você não precisa obrigar ninguém a emprestar, mas você pode reduzir as vantagens de quem não o faz", observa. "Enquanto os bancos não começarem a reclamar é porque as medidas ainda não foram suficientes".
Comentário
O mundo mudou, a atuação dos Bancos Centrais mudará radicalmente. Mas não se conseguirá definir a nova forma de atuação com os mesmos quadros.
Daqui para frente, acabou o piloto automática de montar um cenarinho de preços aqui e definir livremente um nível de Selic ali – sem a menor preocupação de errar por excesso.
O novo BC exigirá ação pró-ativa sobre o sistema financeiro, impondo regulação mais rígida, pressionando quando for necessário, identificando problemas antes que ocorram.
Esse não-me-toques em relação ao crédito está dificultando a recuperação da economia brasileira no próximo ano.
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