Os repórteres Justin Lahart e Kelly Evans, do The Wall Street Journal, produziram uma bela receita sobre como acompanhar a economia mundial e identificar os sinais de recuperação.
Bancos
1. A libor (taxa do interbancário de Londres) é uma boa referência para saber se os bancos aumentaram os empréstimos entre si. Ela caiu bastante nas duas últimas semanas, mas ainda está mais alta do que o habitual em relação à taxa do Federal Reserve, o banco central americano.
2. Para avaliar o mercado de crédito, é melhor acompanhar a pesquisa trimestral do FED com diretores de crédito. Na utlima, em julho, grande porcentagem dos bancos relatou que está aumentando as exigências para conceder empréstimos. Um primeiro sinal de que a economia estará a caminho da recuperação será quando mais bancos as estiverem diminuindo e não aumentando.
Residências
3. Preços dos imóveis. No segundo trimestre, o índice de preços de imóveis residenciais da S&P ficou 18% abaixo de seu ponto mais alto, em 2006.
4. Estoques de imóveis. No início de 2005, 1,8% dos imóveis residenciais americanos, excluídos os destinados a locação, estavam vazios e esperando ser vendidos. Ontem, o Censo informou que o índice de vacância no terceiro trimestre de 2008 foi de 2,8% - igual ao do segundo trimestre e quase o mesmo do primeiro, que foi de 2,9%.
Consumidores
5. Um sinal de atitude positiva dos consumidores será a intenção que eles tenham de comprar coisas caras, como carros, móveis, eletrodomésticos e eletrônicos.
Empregos
6. Os números sobre folhas de pagamento e índice de desemprego são indicadores que mostram mudanças no setor de empregos muito depois dos fatos. Muitos economistas monitoram mais de perto o relatório semanal do Departamento de Trabalho sobre pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que calcula o número de pessoas que se inscrevem para receber o benefício pela primeira vez. Quando os pedidos ficam acima de 400.000, a economia está entrando em recessão. Isso começou a acontecer em julho. O número mais recente foi 478.000.
Bolsas
7. Numa época em que a saúde das empresas depende altamente do clima econômico global, observar a Média Industrial Dow Jones pode não dar a melhor idéia. Em vez disso, o estrategista Richard Bernstein, da Merrill Lynch, segue o Índice Composto de Ações da Coréia, mais conhecido como Kospi. As empresas sul-coreanas são exportadoras por excelência, o que as deixa muito sensíveis ao crescimento mundial. O Kospi registrou seu ponto mais alto no ano passado. Ontem, ele estava 52% abaixo daquele nível.
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