Foi a mais sombria de todas as sextas-feiras deste outubro também sombrio. Uma avalanche de vendas medrosas inundou o mercado, com todo mundo correndo para o dólar e os títulos do Tesouro, em busca da segurança. Poderia ter sido pior, houve ligeira recuperação à tarde, mas foi ruim, muito ruim, mesmo porque projeta dias ainda mais difíceis na semana que se inicia.
A reportagem é de Alberto Tamer e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 26-10-2008.
O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, mesmo se recuperando um pouco no meio da tarde, fechou a semana com queda de 5,6% e é também de 5,6% a queda do índice que mede as bolsas mundiais. Aqui, nem se fala, 6,9%. O petróleo despencou e a Petrobrás foi junto.
Está confirmado: não foram suficientes as medidas urgentes e quase desesperadas dos governos americano e europeu, injetando enormes somas de dinheiro no sistema. E, olhem, até agora, foram mais de US$ 4 trilhões. Todos acreditavam até algumas que esse valor seria bastante para acalmar o mercado. Não foi o que aconteceu. Os investidores estão supertensos e continuam se desfazendo de suas aplicações em busca de segurança. Até quando isso vai durar, não se sabe.
Em Wall Street falava-se que Paulson deve anunciar uma surpresa para este fim de semana. Isso, somado ao fundo soberano europeu de mais de US$ 600 bilhões, pode ajudar. A Ásia também criou um fundo, de US$ 80 bilhões, para estabilizar a moeda. Só que o mercado parece cansado delas.
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