A defesa do banqueiro irá explorar brechas abertas pela acusação de que a Abin participou ativamente de escutas na Operação Satiagraha e vai alegar a suspeição do trabalho da Polícia Federal e da Justiça.
A reportagem é de Ricardo Brito e publicada pelo jonral Correio Braziliense, 08-09-2008.
Os advogados que defendem Daniel Dantas, sócio-fundador do Banco Opportunity, planejam anular as investigações contra seu cliente realizadas na Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal em julho. Preso duas vezes durante a operação, Daniel Dantas já virou réu por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e corrupção ativa.
A defesa de Dantas avalia que, com a confirmação de que arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) participaram da operação da PF, as chances de nulidade do processo aumentaram. “No momento oportuno, vamos precipitar questionamentos à investigação”, afirmou ontem o advogado Gustavo Teixeira, um dos defensores de Dantas.
Sem precisar quando, a defesa estuda entrar inicialmente com recursos no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo, para anular ou trancar o processo contra Dantas. Alegaria, entre outros motivos, participação ilegal de agentes da Abin na Satiagraha (inclusive para escutas clandestinas) e o fato de o juiz da causa, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, ser supostamente incompetente para julgar o assunto, uma vez que a sede do banco Opportunity, alvo da ação, localiza-se no Rio de Janeiro.
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