Incidentes ocorrem em meio a protestos contra presidente Morales |
Em um comunicado, a empresa afirmou que uma válvula de segurança na estação de Buena Vista, a 70 quilômetros de Villa Montes, foi "manipulada, gerando interrupção total do serviço que prestamos pelo GASYRB (gasoduto Yacuíba-Rio Grande)".
"Atualmente, desconhecemos a forma como se efetuou essa manobra e se há danos", disse a Transierra. "Já mobilizamos pessoal para tomar as medidas necessárias."
O duto transporta cerca de 17 milhões de metros cúbicos de gás, mais da metade dos mais de 30 milhões de metros cúbicos fornecidos diariamente pela Bolívia. O restante é fornecido por um gasoduto que corre em paralelo, operado pela companhia Transredes.
A demora em retomar as operações do GASYRB poderia ocasionar a redução de metade das exportações do hidrocarboneto para o Brasil, disse à BBC Brasil um porta-voz da Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos.
Mas, segundo ele, a empresa quer retomar o fluxo normal "nas próximas horas" desta quinta-feira e tentar compensar a queda no fornecimento.
Possíveis danos
Na quarta-feira, uma explosão em outro ponto do mesmo gasoduto teria reduzido em 3 milhões de metros cúbidos diários o envio de gás ao Brasil.
Na nota desta quinta-feira, a Transierra afirmou apenas que "até esta madrugada a área ainda seguia em chamas, motivo pelo qual não pudemos ter acesso para avaliar os possíveis danos".
Em uma entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Alberto Arce, disse que as Forças Armadas bolivianas devem ser convocadas para resguardar os campos de petróleo.
"O governo está tomando as medidas necessárias para que as Forças Armadas passem a resguardar os campos petroleiros do país. A polícia está realizando as investigações necessárias para processar os culpados", disse ele, em declarações reproduzidas pela Agência Brasil.
O governo tem responsabilizado os "prefeitos (governadores) e "cívicos" (como são chamados seus apoiadores) pela explosão no gasoduto. Os grupos de oposição protestam, entre outros motivos, contra a nova Constituição no país e o corte no repasse de verbas do setor petroleiro para os governos estaduais.
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