O HSBC começou, na semana passada, a demitir trabalhadores que atuam em dois centros administrativos mantidos pelo banco em Curitiba (PR). O Sindicato dos Bancários da cidade informou que recebeu denúncias sobre cortes e, após checar o que estava acontecendo, foi informado de que o número de dispensas será de cerca de cem pessoas. O motivo seria a crise econômica e a transferência de departamentos para São Paulo.
A reportagem é de Marli Lima e publicada pelo jornal Valor, 19-01-2009.
O sindicato promete reagir e disse, em nota, que "os trabalhadores não podem pagar a conta da crise econômica mundial". Segundo Otávio Dias, presidente do sindicato, "estão adotando uma postura parasita, aproveitando a liberação dos compulsórios para especulação financeira, enquanto os trabalhadores estão sofrendo com a diminuição do crédito, com os altos juros e demissões", repetindo o que já havia dito em dezembro, durante manifestações contra cortes na capital paranaense.
Procurado, o banco respondeu, por meio da assessoria de imprensa, "que continua ampliando sua presença no mercado financeiro no Brasil", mas, na nota, explicou que "neste momento, está realizando alguns desligamentos em Curitiba, menos de cem, para adequar seus negócios ao nível de atividade econômica neste início de ano". O HSBC não informou se haverá cortes em outras cidades. Na opinião do sindicato, não existem motivos reais para dispensas, "diante da alta lucratividade do setor bancário brasileiro".
Na sexta-feira, trabalhadores do Santander fizeram protestos contra demissões no banco, que já teriam atingido mais de 400 trabalhadores. Os sindicatos de bancários devem participar de reunião hoje na Central Única dos Trabalhadores (CUT) para organizar, junto com outros segmentos, uma mobilização nacional.
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