O Ocidente joga junto. Sempre. No Egito, da França à Alemanha, do Reino Unido à Itália, os líderes ocidentais se reuniram em torno de Hosni Mubarak e de Abu Mazen, o presidente da Autoridade Palestina, para falar sobre o futuro de Gaza.
Barack Obama assumiu o poder e nas primeiras horas de governo telefonou para... o presidente da Autoridade Palestina.
Está cada vez mais claro que o ataque de Israel ao governo do Hamás em Gaza fez parte de uma combinação que tinha como objetivo isolar o Hamás, enfraquecê-lo. O Hamás é odiado pelo governo do Egito, que teme a relação do grupo com a Irmandade Muçulmana -- o grupo religioso islâmico que se opõe ao ditador Mubarak.
O que fizeram os países árabes, depois de uma série de reuniões de cúpula? Nada. Ou quase nada. Houve promessas de ajuda bilionária aos civis de Gaza. Mas ninguém quer dar dinheiro ao Hamás. Assim é a política internacional. A causa palestina, que é justa, fica subordinada àqueles que pensam, acima de tudo, em seu próprio futuro político. Não é por acaso que Israel deita e rola na região há décadas e não sente qualquer constrangimento em sua atuação política, diplomática ou militar. Os árabes não se ajudam. Pobres dos palestinos, que contam com esse tipo de "apoio" para sua causa.
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