Trabalhadores da fabricante de autopeças GKN, em Porto Alegre (RS), aceitaram reduzir a jornada de trabalho e o salário para evitar demissões. A empresa pretendia demitir 260 metalúrgicos do turno da noite devido à redução na produção da montadora General MotorsGKN é destinada à GM. (GM). Cerca de 70% da produção da
A reportagem é de Raquel Casiraghi e publicada pela Agência de Notícias Chasque, 20-01-2009.
O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Ademir Bueno, avalia que o acordo não é o ideal, já que reduz os salários, mas foi necessário para que os trabalhadores não fossem demitidos.
"Existe uma crise, é inegável. E existem as demissões. Não é nossa proposta reduzir salário e a jornada. Agora dentro dessa situação específica de um segmento que representa 24% do PIB [Produto Interno Bruto] da indústria país, para evitar demissão é uma das alternativas", diz.
O acordo foi aceito pelos metalúrgicos na semana passada e prevê redução de 14,63% da jornada de trabalho e dos salários. A proposta inicial da GKN era de um corte de 22%. Em contrapartida, o emprego será mantido e os trabalhadores não precisarão recuperar as horas paradas. Setenta e cinco por cento do valor descontado nos salários ainda será devolvido pela GKN em Janeiro de 2010.
Bueno acredita que o acordo deve estimular outras empresas a fazerem o mesmo. Atualmente, o sindicato analisa propostas da DHB e da Saginow (antiga Delphi), também sistemistas da GM.
"Porque a redução da jornada e do salário é previsto em lei, desde que haja acordo com o sindicato. Cabe ao sindicato ver se realmente é necessário, desde que preserve os postos de trabalho", afirma.
O acordo dos metalúrgicos com a GKN irá vigorar por três meses. Desde novembro, os trabalhadores da GM entram periodicamente em férias coletivas.
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