"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, janeiro 19, 2009

A Síndrome da Desilusão com Obama

Site do Azenha - Atualizado e Publicado em 19 de janeiro de 2009 às 12:37

Enjoy the History, Ignore the Politics

Why conservatives should be looking forward to the Obama inauguration

por Rachael Larimore, na revista eletrônica Slate

Como conservadora, acredito que posso aproveitar mais a posse de Barack Obama que a maioria de meus amigos que o apóiam. Não estou planejando uma viagem especial a Washington ou fazendo estoque de moedas ou canecas comemorativas. Durante a campanha, considerava Obama um orador impressionante, um candidato atraente e, quando nos aproximávamos de novembro, o provável vencedor. Mas, no fim das contas, ele ainda era -- em minha visão -- mais um político e, talvez para a decepção de sua legião de fãs, um ser humano. Minhas esperanças e expectativas em relação a Obama, assim sendo, são mais razoáveis e serei capaz de aproveitar a História e a pompa da posse sem a ansiedade de meus amigos mais liberais.

Nos últimos anos, os conservadores gostavam de definir o ódio dos liberais ao presidente Bush como resultado da Síndrome dos Enloquecidos contra Bush. Posso ver uma doença similar surgindo nos próximos quatro anos: a Síndrome da Desilusão com Obama. E temo que muitos dos que estão se recuperando da SED correm risco de pegar a SDO. É possível para qualquer um -- mesmo para o grande Obama -- preencher tantas expectativas?

Já tivemos pistas desta ansiedade. Olhem para a confusão causada pela decisão de Obama de indicar Rick Warren [um pastor evangélico conservador] para participar do juramento de posse. Gays e lésbicas que apoiaram Obama cancelaram suas festas e debatem se Obama está esticando a mão a quem pensa diferente ou se vendeu.

[...]

Obama tem uma longa lista de preocupações esperando por ele no dia 20 de janeiro: a economia, a guerra de Israel na faixa de Gaza, a decisão de fechar ou não Guantanamo. (O que significa que se ele der a ordem dentro uma semana vai levar um ano para acontecer?). Obama já não pode fazer campanha contra a guerra do Iraque -- é algo do qual ele agora tem de cuidar. Os apoiadores de Obama esperam com a respiração suspensa para ver com que rapidez e frequencia ele vai repudiar as políticas do governo Bush. Mas o que vai acontecer na primeira vez que Obama tomar uma decisão difícil sobre a ameaça à nossa Nação? E se ele errar em defesa da segurança contra a liberdade, quem é que vai ficar com mais raiva -- a esquerda ou a direita? Ironicamente, acho que nesse caso ele terá maior apoio entre aqueles que estão cansados de ouvir que o presidente Bush rasgou a Constituição nos últimos oito anos.

A ÍNTEGRA, EM INGLÊS, ESTÁ AQUI

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