O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento extra de R$ 950 milhões à americana Alcoa Alumínio. Os recursos vão para dois projetos de produção e logística de bauxita e alumina em Juruti (PA) e São Luís (MA), que já contavam com crédito de R$ 1,15 bilhão da instituição federal, aprovado em 2007.
A reportagem é de Adriana Chiarini e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 05-03-2009.
Os investimentos totais previstos para os dois projetos subiram de R$ 7,1 bilhões naquele ano para R$ 9,7 bilhões (contanto o empréstimo do banco e o levantamento de recursos em outras fontes pela Alcoa). Isso levou ao aumento do valor financiado, explicou o gerente de Indústria de Base do BNDES, Rodrigo Mendes.
Os projetos têm previsão de início de operação para o segundo semestre deste ano e estão associados: a bauxita de Juruti será utilizada na produção de alumina em São Luís, que terá parte destinada à exportação, e parte para fabricação de alumínio para o mercado interno.
O restante dos recursos são próprios da Alcoa e seus sócios, segundo Mendes. A empresa australiana Alumina Limited é a sócia no projeto de Juruti e também participa do consórcio Alumar, de São Luís (MA), junto com a Alcoa, a canadense Alcan e a anglo-australiana BHP Billiton.
Dos recursos novos aprovados pelo BNDES, R$ 750 milhões serão aplicados em infraestrutura industrial e logística (porto, ferrovia e rodovia) para exploração de mina de bauxita. A capacidade inicial de produção será de 2,6 milhões de toneladas por ano, mas há potencial de ampliação para até 12 milhões de toneladas/ano. O terminal portuário de Juruti terá capacidade para acomodar navios de 75 mil toneladas.
Os outros R$ 200 milhões adicionais serão destinados à instalação de uma segunda unidade da refinaria do Consórcio Alumar, em São Luís. O objetivo é aumentar a produção de alumina em 2,1 milhões de toneladas/ano e a capacidade de processamento para 3,5 milhões de toneladas/ano. Estão previstos ainda investimentos no terminal portuário em São Luís.
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